sábado, 16 de janeiro de 2010

Decidi, depois de conversar com minha professora na academia e de fuçar em todos os sites de escolas de yoga em São Paulo ou não, começar meu curso de formação de professor.


A princípio a dúvida era qual tipo de yoga cursar. Pois além das tradicionais citadas no post ‘Mas afinal, o que é Yoga?’, existem novos tipos de Yoga para todos os gostos. Se são válidos ou não, não cabe a mim julgar, cada um se identifica com o que lhe faz bem, certo?
No Brasil temos professores fantásticos, como Marcos Rojo, Marco Schultz, Pedro Kupfer, entre tantos. Escolas oferecendo cursos de formação pipocam. A escolha foi bem difícil. Gosto de Ashtanga Vinyasa Yoga, mas achei melhor começar com um tipo mais tradicional e depois eu poderia escolher outras.

Dia 27 de outubro, fiz minha primeira prática de Yoga de Síntese e fiquei admirada com a seriedade deles.


A Yoga de Síntese de Swami Sivananda é a união de todas as Yogas tradicionais que existem. Ele defendia que devemos fazer um pouco de todas e aprofundar as técnicas somente se for possível, pois o ser humano não tem somente uma característica: “O homem é uma estranha e complexa mistura de vontade, sentimento e pensamento.(...) Assim como, vontade, sentimento e pensamento não são distintos e separados; trabalho, devoção e conhecimento não se excluem uns aos outros. Ele precisa, então, desenvolver seu coração, seu intelecto e sua mão. Somente então, ele pode atingir a perfeição.(...) Tornar-se harmoniosamente equilibrado em todas as direções é o ideal da religião e Yoga”. Taí, essa vai ser, se não a única, minha primeira formação.


Sivananda dividiu a Yoga de Síntese em quatro grandes áreas: Raja Yoga, Karma Yoga, Jñana Yoga e Bhakti Yoga; foi pioneiro na divulgação desses ensinamentos (que antes eram mantidos secretos) e foi muito criticado e combatido por isso. Criou a organização Divine Life Society, cuja sede fica no Sivananda Ashram, em Rishikesh. O logotipo da Divine Life Society simboliza a síntese desses quatro grandes caminhos para a realização em Deus, com os lemas SIRVA, AME, MEDITE, REALIZE.

Assim, no curso, além das técnicas de Hatha Yoga (dentro da Raja Yoga) eu aprendo mantras, participo de satsangas e estudo a filosofia vedanta, entre outras em que a Yoga se baseia, de uma forma bem completa, sem privilegiar nenhuma – como a parte física (ásanas), por exemplo, tão tendência nos dias de hoje do lado de cá do planeta.

Para quem se interessar por essa formação, atenção, hoje existem muitos Sivananda Ashram, mas nem todos pertencem à DLS. A famosa Yoga Vedanta Forest Academy faz parte do Sivananda Ashram, é um departamento de curso de professores, mas só conseguem fazer curso lá homens e de cidadania indiana, com raras exceções, como meu professor, Sivaswuarupa. Dêem uma olhada no site da escola:

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