sexta-feira, 10 de junho de 2011

Yoga na Isto É

Yoga estampa a capa da 'Isto É' desta semana. Mais evidências científicas têm sido descobertas sobre os benefícios da prática na saúde.
O congresso da Sociedade Americana de Oncologia Clínica deste ano trouxe uma novidade: "Pesquisadores do MD Anderson Cancer Center – uma das principais instituições do planeta para o tratamento da doença – apresentarão um trabalho no qual relatam como a ioga ajuda a tratar o câncer". "A apresentação de uma pesquisa sobre ioga em um evento mundial no qual a tônica, historicamente, sempre foi a divulgação de novidades que giram em torno da medicina tradicional – novos remédios ou aparelhos, por exemplo – é emblemática. O fato é a evidência mais concreta de que a medicina ocidental está incluindo a ioga na sua lista de recursos contra as doenças. (...) Depois de desembarcar no Ocidente como mais uma excentricidade do Oriente, a prática hoje ganhou o respeito da ciência e recebeu o direito de entrar pela porta da frente em alguns dos mais renomados serviços de saúde do planeta. O método figura entre as terapias complementares disponíveis no MD Anderson, no Massachusetts General Hospital, em Boston, e no Memorial Sloan-Kettering Cancer Center, em Nova York, por exemplo. (...) No Brasil, o Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, um dos mais importantes da rede privada do País, prepara-se para oferecer a prática como mais uma opção de seu departamento de terapias complementares. No Hospital A. C. Camargo, também na capital paulista e especializado no atendimento a pacientes com câncer, aulas de ioga começaram a ser adotadas recentemente".

Fiquei muito feliz com a notícia. Torcendo para mais pessoas conhecerem a Yoga e se beneficiarem com o equilíbrio e com a saúde que ela proporciona.
Mais uma vez reforço aqui  no blog que a Yoga nasceu na Índia, berço também do hinduismo, e dadas as referências culturais, foi atrelada a mitologia hindu, mas não tem nenhuma ligação com a religião. Todo o misticismo que algumas pessoas atribuem a Yoga deve-se ao fato de ser uma filosofia surgida há cinco mil anos, uma tradição passada oralmente de mestre a aprendiz, cercada de segredos e mistérios, mas que hoje tem base científica. E como podemos ver nesta publicação, com eficácia cada vez mais pesquisada e comprovada.
Liberte-se de preconceitos.


Namastê!

domingo, 29 de maio de 2011

One day you will

Descobri essa banda há um tempo e me apaixonei. Hoje, especialmente, precisava dessa mensagem, que compartilho com vocês.


Fala por si só.
Namastê.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Yoganidra

Alguns descrevem o Yoganidra como sono yogi. Yoganidra é uma forma de relaxamento profundo, mas não é como dormir. Aprendi isso na visita de Swami Vishwarupananda ao Brasil.
O Swami é um indiano baixinho de fala mansa que anda flutuando - essa foi a primeira impressão que eu tive dele -, um ser especial sempre contente, balançando o corpo suavemente sentado na pose de lótus. Foi o meu primeiro contato com um Swami ou monge de tamanho poder espiritual.
Passei um final de semana em curso intensivo com ele no final de 2009. Estudamos várias coisas: Yoga Sutras, Bhagavad Gita, asanas, pranayamas, de tudo um pouco, mas a parte mais impressionante para mim foram os yoganidras. Para absorver o aprendizado, entre uma lição e outra, Swami nos guiava nesse relaxamento. Deitados em savasana, olhos fechados, íamos imaginando cada parte do corpo sendo relaxada e envolvida por uma luz, conforme a voz doce dele ia sussurrando. Na metade do processo eu já não estava mais em mim. Eu não dormia, mas também não conseguia ficar totalmente consciente, por mais agitada, ansiosa ou descansada que eu estivesse. Comentando depois com os colegas, todos sentiram o mesmo. Alguns, meio assustados, relataram sentir-se flutuar acima de seu corpo! E, quase como mágica, no momento em que o Swami decidia terminar o yoganidra, lá estava eu de volta, pronta para começar a mexer o corpo sob sua ordem.
Geralmente, nós ocidentais, lutamos para conseguir relaxar, nesse workshop descobri pessoas com o dom de te fazer lutar pelo contrário!

Swami Satyananda Saraswati explicou Yoganidra da seguinte forma: “A yoganidrá é um método sistemático para induzir o completo relaxamento físico, mental e emocional. O termo yoganidrá é derivado de duas palavras Sanskrit, yoga significa união ou consciência intencional, e nidrá significa sono. Durante a prática de yoganidrá, nós parecemos estar dormindo, mas a consciência está funcionando em um nível profundo de conhecimento. Por este motivo, a yoganidrá é normalmente mencionada como o sono médium ou relaxamento profundo com consciência interior. Neste estado de limiar entre o sono e despertar, o contato com as dimensões do subconsciente e do inconsciente ocorre espontaneamente.
Na yoganidrá, o estado de relaxamento é alcançado voltando-se para o interior, longe de experiências de fora. Se a consciência pode ser separada da consciência externa e do sono, torna-se muito poderosa e pode ser aplicada de várias maneiras, por exemplo, para desenvolver a memória, aumentar o conhecimento e criatividade, ou transformar nossa natureza”.

Soube da aplicação desta prática em algumas escolas com muito sucesso para facilitar a apreensão dos ensinamentos e, também, para lidar com alunos inquietos, com dificuldade de concentração e agressivos. Micheline Flak é uma das estudiosas do assunto, tendo fundado a RYE: Recherche sur le Yoga dans l'Education. Fica a dica para educadores. Quando eu souber de algum curso dela no Brasil, coloco aqui no blog.

Tudo isso porque estou com saudades do Swamiji. É impossível não sentir carinho por ele, que emana amor.

Namastê!

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Não sou uma pessoa que compra muito. Não costumo andar na moda nem tenho mania por sapatos, por exemplo, mas descobri que adoro gastar com tecnologia. Videogame e notebook estão entre minhas últimas aquisições e o iPod é minha maior companhia ultimamente.


Achei um aplicativo de Yoga para iPad e iPod da Viaden Media que é o máximo. Ele tem calendário com frases inspiradoras para agendar suas práticas; 200 asanas divididos em iniciante, intermediário, avançado e guru, com foto, descrição de como fazer – inclusive narrada, desenho de quais músculos são exercitados e até um vídeo de demonstração. Você pode criar seu próprio programa adicionando os asanas da lista do aplicativo ou seguir a “saudação ao sol para bem estar” ensinada ali. E isso é só a parte grátis! Comprando o aplicativo completo há 21 seqüências de asanas e a promessa de um ‘Personal Yoga Teacher’.

Claro que não substitui a prática guiada por um professor de verdade que vai corrigir eventuais desvios na postura e ensinar o que vai além do físico, é para quem já pratica Yoga há mais tempo, para ajudar a variar a prática diária. Mas se tiver curiosidade, baixe o aplicativo e divirta-se.

Namastê!

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Esse mês, aqui em São Paulo, no SESC Vila Mariana, acontece o Mostra Muda, shows com músicos e dançarinos da Índia.
"MUDRA é uma palavra do sânscrito que significa expressão ou gestos comunicativos. Os mudras são utilizados pela dança indiana. Usam os mudras como uma linguagem gestual para comunicar determinados estados de consciência, elementos da natureza e da vida humana, como animais, flores, sol, lua, entre tantos outros. É seguindo o mote de comunicar algo a alguém propondo um diálogo cultural que o governo indiano apresenta pela primeira vez no Brasil o evento MUDRA – MOSTRA CULTURAL DA ÍNDIA , que acontece nas cidades de Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte, em maio e junho de 2011. Os espetáculos de música e dança trazem a Índia milenar e moderna apresentando artistas consagrados, como o renomado mestre do violino indiano, L. Subramaniam e seu grupo musical que se apresentam pela primeira vez no Brasil. O evento faz parte do programa de cooperação cultural firmado entre a Índia e o Brasil e está sendo realizado pela Embaixada da Índia no Brasil, com coordenação da Tantri Arte e Cultura, organização cultural que trabalha pelo intercâmbio das culturas de ambos os países".
A programação pode ser acessada em http://www.mostramuda.com/.

Nos vemos lá no final de semana.
Namastê!

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Fui assistir "Bollywood Dream", que conta a trajetória de três brasileiras tentando atuar nesta máquina de filmes indiana. O filme mostra aquela Índia muitas vezes pobre, suja, mas ainda mística e sempre exótica.
Varanasi, uma das cidades mostradas, é um exemplo da convivência entre o sagrado - os rituais a beira do Rio Ganges, com banhos, flores, contas, cinzas - e o banal - a pobreza, a sujeira do rio, onde jogam lixo e, principalmente, corpos. 
Dêem uma olhada no trailer, no site oficial:

Outra imagem da Índia, que é meu grande sonho:


Inspira ou não?
Namastê!

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Hoje deparei-me com um texto relacionando justamente duas preocupações minhas: o meu abandono da Yoga e meus problemas com namoros.

"O Yoga é como todos os outros relacionamentos: quanto mais você se esforça para dar certo, mais recebe de volta. Na verdade, o compromisso é uma das diretrizes essenciais do caminho yogi. (...) O nome em sânscrito para o compromisso com a prática do Yoga é tapas, que geralmente é traduzido como ‘disciplina’. Mas é uma disciplina de opção, não algo para forçar a si mesmo em um ritmo anormalmente rápido. Seu relacionamento com o Yoga pode ser como um romance que primeiro acende uma chama em seu coração, depois consome todo o seu tempo, e um dia você assume como o papel de companheiro ao longo da vida".
Talvez seja esse o meu problema, eu quero pular do aparecimento da chama para a promessa de amor eterno, de preferência sem ter trabalho.
Eu tinha uma ‘teoria do buraco na alma’ que consiste no seguinte: os sonhos aparecem, me acalentam a alma, trazem com eles montes de esperança e expectativa, eu vivo em função deles por um tempo, e então, sem o menor aviso, desaparecem. Sonho em me tornar psicóloga hospitalar, ou comissária de vôo, ou professora de yoga, aí me dedico a isso por um tempo. Na verdade, até me saio bem no que decido fazer. Mas um dia acaba. Não quero mais. Por quê? Não faço idéia. E assim vou desistindo de uma faculdade atrás da outra e de um curso após o outro – e, talvez, de namorado também.
Achei que fosse o buraco da alma sugando meus sonhos para sempre. Sem mais explicações. Finalmente me toquei que é a falta de compromisso com os meus sonhos.
Em algum momento deste processo deve estar a escolha de seguir em frente, superando o desânimo e os obstáculos, porque sim. Sem maiores análises e encanações. Escolher o caminho e seguir, sem questionar se é esse mesmo o caminho certo, porque pode ser que não exista um caminho certo, voltar atrás e escolher outro e outro e outro, não faz ninguém chegar a lugar nenhum.
Comprometer-se com algo ou com alguém e fazer dar certo, não importa o que aconteça, é minha nova meta.

Deixo aqui pra vocês duas inspirações.

Para não desistir da Yoga:

“Muitas vezes, quando as pessoas aprendem sobre tapas, sentem-se obrigadas a adotar regras diariamente antes mesmo de descobrir o que o Yoga significa nas suas vidas. Às vezes, essa boa intenção cria muita pressão e pode estressá-lo. Em vez disso, vá devagar, um asana por vez. Saboreie cada sessão de prática e faça apenas o suficiente para sentir vontade de mais um pouco. Dessa forma, o fogo de tapas vai crescer dentro de você, tornando-se um poderoso parceiro em seu caminho yogi”. Cindy Lee

Para não desistir de seus sonhos:

“Caminhante, são teus rastos
o caminho, e nada mais;
caminhante, não há caminho,
faz-se caminho ao andar.
Ao andar faz-se o caminho,
e ao olhar-se para trás
vê-se a senda que jamais
se há-de voltar a pisar.
Caminhante, não há caminho,
somente sulcos no mar.”
Antônio Machado

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Corram que ainda dá tempo de participar:


"O Instituto Sivananda DLS Brasil está oferecendo um Domingo especial dedicado à Cultura Indiana, com prática de Sivananda Yoga Tradicional, Meditação com o Prof. Sivaswarupa, seguida de um delicioso Almoço Indiano e grande Bazar Indiano.

Horários:
das 10:00 às 12:00h. - Aula de Yoga Sivananda - Gratuíto
das 11:30 às 12:00h. - Meditação - Gratuito
das 13:00 às 14:30h. - Almoço Indiano -R$ 25,00 - Reservas até 29/04/11
das 15:00 às 19:00h. - Bazar Indiano

Estarão a venda neste Bazar Indiano:
Sarees, Batas, Bolsas, Bijouterias, Pachiminas, Lenços, Saias bordadas, Calças, Punjabs, Capas de Almofadas, Capas de Yogamet, Mandalas, Incensários, Cd’s Indianos, Posters de Divindades e enfeites para decoração, etc.
Reserve esta data !!

________________________________________________________________
Instituto Sivananda DLS Brasil
Local: Rua Dom Valverde, nº108 - trav. Av. Ricardo Jafet.
(próx. Monumento do Ipiranga).

Tel.: (11) 2272.1098 ou 3399.6012
Reserva para o Almoço pelo tel. 9392.2956
Site: www.sivanandayogatradicional.com.br
e-mail: sivaswarupa@yahoo.com"

Namastê!

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Mais um restaurante indiano gostoso pra indicar para vocês: o Madhu. Já não é tão novidade assim, abriu no final do ano passado. http://www.madhurestaurante.com.br/
O restaurante é especialista em comida do Sul da Índia, mas tem cara de fast food. Você escolhe o combo (tem vegetarianos e não vegetarianos) e come até não poder mais!
Eu adorei este restaurante porque segue o preceito de preparar a comida com devoção, já que, como o próprio site diz: "A mais antiga e tradicional cultura espiritualista do mundo considera a culinária um meio de elevação espiritual, sacramentado pelo uso sofisticado de ervas e especiarias". E as ervas e especiarias indianas dão um toque todo especial na comida, né?
Enquanto não vou pra Índia, fico com os sabores por aqui mesmo na Rua Augusta, 1422.

Hummm, to indo lá almoçar.
Namastê!

terça-feira, 26 de abril de 2011

Coração livre

No meu aniversário do ano passado estava decidida a cuidar de mim, sozinha. Vocês até ficaram orgulhosos, né? Meses depois estava desesperada para arrumar alguém e fui ridiculamente enganada, acreditando no primeiro que me jurou casamento. Quão ingênuo é isso? Os anos passam e não parece realmente que aprendi alguma coisa.
Pensei muito sobre relacionamentos, sobre o que eu quero e quem eu sou, e continuo errando. Eu tinha uma professora de matemática que me dizia que errar é humano, mas insistir no erro é burrice (ai, como eu adorava quando ela era paciente com a minha dificuldade de aprendizado!). Fiz mais um aniversário e estou num relacionamento muito igual a todos os anteriores.
Claro que hoje eu tenho mais consciência de que algumas atitudes são desrespeitosas e sou menos tolerante, mas ainda temo me impor demais e acabar sozinha. Não quero ser egoísta e perder alguém que poderia dar certo. Relacionamentos cegam-me de tal forma que passo a concordar com o outro quando ele diz que eu estava errada em relação a tudo! Minhas crenças eram erradas, a crença dele é que é a verdade. Meus costumes precisam ser mudados, afinal num relacionamento sério não agimos assim. Meus gostos precisam ser revistos porque é falta de respeito com o namoro.
Às vezes, abro o olho e bato o pé: “essa sou eu”. Aí é a vez dele jurar que entende e que vai mudar. Ficamos nesse ciclo de auto-enganação, em alguns casos, por anos.
Sério, Andréa, que você, uma mulher de 27 anos, independente e inteligente, cai nessa? DE NOVO??? Agora, pensa, se existe A pessoa, ela vai exigir que você deixe de ser você mesma? Hummm, não sei, perae, to confusa...
Por isso, um namoro que começa com o encantamento vai se tornando um fardo para mim e o fim acaba sendo mais um alívio do que um sofrimento. É uma libertação, quando eu me permito ser eu mesma de novo!
Engraçado que, ontem, conversando com um amigo (com o qual eu não deveria falar, por sinal, rs), me surpreendi quando ele achou difícil acreditar que eu me deixasse manipular. A surpresa não veio dele não saber que sou manipulável, mas de perceber que eu não sou! Sou capaz de me rebaixar tanto para ter alguém, que nem eu mesma acredito.
É bom ser flexível, mas só quando você não perde de vista o que você quer e, principalmente, quem você é. Fazer concessões por amor, não por medo.

Será que dessa vez eu aprendi?

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Adoro gente que me entende! É a velha história de perceber que não está sozinha no mundo, não é a única louca, tem gente pior que você e blábláblá...

Olha só como a Fernanda Young me entendeu: "O que Rodolfo não sabe é que Ariana já guarda, lá dentro dela, uma estranha força, que aponta, na melhor das hipóteses, para os sais de Lítio. Ela não é uma doente. Não. Ela não é algum caso tardio de esquizofrenia. Nem nunca foi maníaco-depressiva, dessas patológicas. Sempre teve, verdade, uma variação de humor vertiginosa, mas talvez adequada às variações hormonais de seu corpo. Se, antes, ela não sofria de TPM e, mais tarde, sofria, sim, mas só por uns dias, hoje fica quase uma semana recebendo Conga, a mulher gorila. (...) Ariana até consegue distinguir o mal que lhe aflige, mal de mulher, só que, no meio da crise, beira acreditar que está enlouquecendo. Não está. Apenas expôs o organismo a uma dose acima do tolerável de ansiedade e ele sucumbiu à depressão. Uma fase; de uns tempos pra cá, um pouco além do que freqüente. É que as pessoas acham que problemas emocionais são traumas que ficam guardados dentro de uma caixinha metafísica qualquer e, com muito esforço, e autoconhecimento, e terapia, a tampa se abre. E todos esses traumas voam, vão-se embora. Você fica somente com uma caixola aberta. O ícone daquilo que você foi um dia: uma traumatizada. Com a lembrança do que você é hoje: uma ex-traumatizada. Mas e o corpo, minha gente? (...) Não há nada nesse corpo que indique que você precisa de autoconhecimento – ou não apenas disso – ou de esforço ou de um safado que cobra 200 paus por consulta. Pelo contrário: as pistas indicam que o que aconteceu a você já acontece tem muito tempo; e não existe uma metafísica interna que acumula porra alguma, apenas um cérebro desequilibrado quimicamente, que está conduzindo um montão de cagadas erradas a um destino de um câncer de fígado".
Trecho de "Cartas para alguém bem perto". Fácil de identificar centenas de loucuras femininas que você, mulher, já cometeu, engraçadíssimo. Nada a ver com Yoga, ok?

Fernando Pessoa já dizia:
"Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.
E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,(...)"

Acho bom confessar, admitir, minha loucuras. Maria Paula também acha e tem se divertido no blog www.minhocanasuacabeca.blogspot.com. Ria com a gente.

Namastê!

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Mea Culpa, o chato

Eu fui criada na cultura judaico-cristã, por isso tenho um personagem que me acompanha. É um sacerdote velhinho, corcunda, que usa um cajado e um quipá, com vestes de monge franciscano e uma enorme cruz pendurada no pescoço. O chamo de Mea Culpa.
Mea Culpa aparece em cima dos meus ombros toda vez que recebo uma crítica.
Semana passada ele bateu com o cajado na minha cabeça quando cheguei atrasada ao trabalho (a semana toda, pra ser sincera). Quase me afogou na água benta quando desisti de fazer matrícula em outra faculdade. Obrigou-me a ajoelhar no milho quando fiquei com preguiça de fazer almoço. Isso sem contar os sermões sem fim que ouvi por motivos mais bestas.
Esse chato insiste em dizer que sou pecadora e não merecedora de amor. E eu acredito.
_ Você, minha filha, vai ter que prestar contas pelas bênçãos de sua vida um dia. Acha que essa vida fácil vai permanecer assim pra sempre? Acha mesmo que merece essa mamata? Guarde suas forças que o pior está por vir, o dia do juízo final está chegando!
_ Mas, senhor, eu estou me esforçando! Não sou perfeita, mas estou me esforçando!
_ Não é o bastante. – chiplá, chiplá (som das chibatas nas minhas costas).
Penitências e mais penitências na minha cabeça. Tão cansativo!
Se eu tivesse sido criada no hinduismo seria mais fácil aceitar que sou o Atman, perfeita, e que essas são apenas flutuações da mente a que não devemos dar importância. Se fosse budista talvez aceitasse que sou parte do todo, que tudo é uma coisa só, não existe certo e errado.
No Ocidente somos neuróticos por medo do Inferno, essa é a minha teoria hoje. Convivendo com um evangélico isso é elevado ao expoente máximo.
Mas, alguém me explique, se Jesus sacrificou-se para nos livrar do pecado, para nos salvar, por que Ele vai voltar e me largar na condenação eterna mesmo? Se Ele nos ama, se somos todos filhos Dele, como pode achar que alguém merece sofrer para sempre?
Não sei, acho tudo isso meio confuso. Mea Culpa está me dizendo que não devo tentar entender o que não é dos homens, ser insignificante que sou, devo obedecer e me calar.
_Perdão, Mea Culpa. Perdoe-me, Senhor. Preciso de seu perdão e de seu amor. – Na verdade, eu preciso conseguir me perdoar. De novo, como um exercício a ser incluído na minha rotina, me aceitar, respeitar, amar...

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Obrigações

O blog fez um ano. Como já disse aqui, adorei essa experiência. Continuo vibrando com cada visita – cara, tem várias, inacreditável!
Afastei-me um pouco da Yoga nesse final/começo de ano. Engraçado é que andei, andei, e parece que mal saí do lugar. O Dalai Lama, quando perguntado sobre o processo de evolução espiritual, respondeu que em 70 anos ele conseguiu evoluir um pouquinho (mostrando com os dedos um centímetro!). Quem sou eu para, em um ano, querer operar milagres?
Continuo uma louca neurótica. Às vezes um pouco mais serena e feliz, às vezes uma pirada ansiosa irritante. Minha auto estima insiste em cair no pé com certa freqüência e coisinhas teimosamente encravadas em minha mente voltam a me assombrar.
Contardo Calegaris escreveu algo muito interessante sobre transformar desejo em obrigação: “Conheci pouquíssimos que sumiram, mas conheço muitos que expressam a vontade de sumir. Todos explicam sua vontade da mesma forma: trata-se de fugir de exigências impossíveis de serem satisfeitas. Mas, cuidado: 'Eles me pedem demais' é a tradução projetiva de 'eu me peço demais'. Quem foge das exigências do mundo está quase sempre fugindo das exigências que seu próprio desejo lhe coloca. (...) Funciona assim: um dos jeitos de nos autorizarmos a querer o que desejamos consiste em transformar nosso desejo numa obrigação. Desejar é mais fácil (embora menos alegre) quando imaginamos desejar a mando de algum outro. O problema é que esse desejo, facilitado por ser mandatário, logo aparece como uma exigência da qual, eventualmente, vamos querer fugir.
Meu voto para o Ano Novo: que nos preocupemos menos em mudar nossas vidas e encontremos jeitos de conseguir desejar o que já desejamos sem transformar nosso desejo em obrigação.”

Tenho pensado nisso, no quanto transformo as coisas que gosto de fazer em obrigações excruciantes. Correr: só se for seguindo a planilha e aumentando a quilometragem toda semana. Meditação: todo dia e precisa sentir o efeito, senão não valeu. Yoga: estudar, treinar, melhorar, pesquisar, escrever... Até que me esgoto e abandono tudo. Isso não vem de hoje, nem acho que seja a primeira vez que discuto isso aqui no blog, mas é tão difícil resolver que preciso sempre recordar.
Tendo dito isso, amigos, não prometo observar ekadasi, seguir as satsangas, fazer a sadhana, escrever com freqüência no blog (vocês entenderão...). Prometo ser mais leve.

Namastê!

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Feliz Ano Novo!

Deixo aqui para vocês o Calendário Espiritual Hindu até o mês de abril desse ano, com as datas de Ekadasi (jejum) e Purnimas. Desejo a todos uma prática cheia de alegrias, fé e bençãos.
Ai, será que esse ano eu engato? Rs

15/01 - Ekadasi
19/01 - Purnima
29/01 - Ekadasi
14/02 - Ekadasi
17-18/02 - Purnima
28/02 - Ekadasi
16/03 - Ekadasi
19/03 - Purnima
20/03 - Holi
30/03 - Ekadasi

Mais detalhes:
http://sivanandayogadesintese.blogspot.com/2010/12/calendario-espiritual-ate-abril-2011.html

Namastê!

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