segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Sozinha

Não estou conseguindo me focar na prática espiritual, minha necessidade no momento é afetiva. Isso estava me deixando meio desanimada e irritada, afinal, coisa fútil: baladas, ficar, esperar ligar, fazer besteira... Nada sattwico! Mas finalmente entendi que esse é o meu momento. Swami Sivananda dizia para não subestimar a mente. A minha está obcecada em encontrar alguém. Quando alguém tem sede não adianta oferecer bolachas, certo?
Antes de voltar a crescer espiritualmente preciso satisfazer essa minha sede. Só de aceitar isso passo a ter mais disposição e tranqüilidade. A mente é mesmo cheia de truques.

Namastê!

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Divulgando:

"Intensivo de Yoga e Meditação na Natureza.
21 de Novembro - das 9 às 17h.
Práticas de Yoga, Pranayama, Meditação, Caminhada e Palestra.
Investimento: R$ 160,00
Local: Jardim Botânico de São Paulo

Curso de Meditação e Mantras
Dias: 28/11, 05/12 e 12/12 – das 15:30 às 18:30h.
Várias técnicas de meditação com adequação para o dia a dia.
Investimento: R$ 150,00
Local: Instituto Sivananda DLS Brasil.
R. Dom Valverde, 108 – Ipiranga.

Curso de Culinária Vegetariana Árabe
28 de Novembro – das 10 às 14h.
Receitas realizadas passo a passo. Inclui apostila.
Investimento: R$ 120,00
Local: Instituto Sivananda DLS Brasil.
R. Dom Valverde, 108 – Ipiranga

Culinária Vegetariana Ceia de Natal
05 de Dezembro – 10 às 14h.
Receitas realizadas passo a passo. Inclui apostila.
Investimento: R$ 120,00
Local: Instituto Sivananda DLS Brasil.
R. Dom Valverde, 108 – Ipiranga.

Satsanga Especial de Final de Ano
17 de Dezembro – 20 às 22h.
Canto de Mantras, Palestra, Meditação, Arati e Confraternização.
Evento Aberto e Gratuito.
Local: Instituto Sivananda DLS Brasil.
R. Dom Valverde, 108 – Ipiranga

Mais informações:

Tel. (11) 3399.6012 ou 2272.1098
e-mail: sivaswarupa@yahoo.com"

Namastê!

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Onde está Deus?

O Vinícius, meu amigo Sadhu (rsrs), estava se questionando por que fazemos prostrações se já somos o Atman imortal. Conceito meio complicado, realmente. Então me lembrei deste trecho do livro “Autobiografia de um Iogue” de Paramahansa Yogananda e deixo aqui para reflexão (dele e de quem mais interessar):

"Entrei no sagrado recinto de Tarakeswar. No altar havia apenas uma pedra redonda. Sua circunferência, sem começo e sem fim, é extremamente apropriada como representação do infinito. Abstrações cósmicas não são coisa do outro mundo nem mesmo para o mais humilde dos camponeses indianos que, de fato, tem sido acusado pelos ocidentais de viver abstrações!
Meu estado de espírito naquele momento estava tão circunspecto que não senti vontade de me prostrar em reverência diante do símbolo de pedra. Deus só deve ser procurado, refleti, dentro da alma.
Deixei o templo sem fazer sequer uma genuflexão e caminhei a passos largos em direção à aldeia Ranbajpur, que ficava nos arredores da cidade de Tarakeswar. Pedi informação a um homem que por ali passava. Depois de refletir longamente, ele disse, por fim, em tom de oráculo:
_Quando chegar a uma encruzilhada, vire à direita e siga sempre em frente.
Obedeci à orientação e segui meu caminho ao longo das margens de um canal. A noite chegou e, com ela, o cintilar dos vagalumes e os uivos dos chacais deram vida às cercanias daquela aldeia encravada na floresta. A luz do luar era tênue demais para suscitar qualquer sentimento de segurança. Vaguei, trôpego, por cerca de duas horas. Ouvi, então, o animador tinir do sino preso no pescoço de uma vaca! Por fim, meus repetidos gritos fizeram com que o camponês se aproximasse.
_Estou à procura de Ram Gopal Babu.
_Não há ninguém com esse nome na nossa aldeia.
(...)
No meio da tarde, meu mundo ainda era um infindável campo de arroz. O calor que emanava da atmosfera, e que eu não tinha como evitar, estava me levando a um iminente colapso. Quando um homem se aproximou de mim, caminhando sem pressa, mal ousei repetir a costumeira pergunta, temendo receber a mesma e monótona resposta: _Fica apenas a uma krosha.
O estranho parou do meu lado. Baixo e magro, seu aspecto físico não era marcante, salvo por um par de olhos extraordinariamente penetrantes.
_Pretendia deixar Ranbajpur, mas como suas intenções são boas, resolvi esperá-lo. (...) Diga-me. Onde você acha que Deus está?
_Bem, Ele está dentro de mim e em toda parte. - Sem dúvida, minha perplexidade era perceptível.
_Onipresente, não? – O santo riu. – Então, meu jovem senhor, por que ontem, no templo de Tarakeswar, não se curvou ao Infinito no símbolo de pedra? Seu orgulho fez com que fosse punido, recebendo a indicação errada do homem que não estava preocupado em distinguir a esquerda da direita. Hoje também você passou por maus momentos!(...) A tendência de todo devoto é pensar que seu caminho para Deus é o único que existe. Lahiri Mahsaya afirmava que a ioga, pela qual se pode encontrar a divindade interior é, sem dúvida, o caminho mais sublime. Ao descobrirmos Deus dentro de nós, logo O percebemos fora de nós. Santuários sagrados, em Tarakeswar e em outros lugares, são corretamente venerados, por serem centros nucleares de força espiritual."

terça-feira, 2 de novembro de 2010

filme: Gandhi

Como prometido, vou colocar mais sobre a vida de Gandhi aqui no blog, com a indicação desse excelente filme de 1982, com atuação (e Oscar) de Ben Kingsley, e sua biografia: 
'Mohandas Karamchand Gandhi nasceu no dia 2/10/1869, na cidade de Porbandar, na Índia ocidental, hoje estado de Gujarat. Como era costume em sua cultura nesta época, com a idade de 13 anos, a família de Gandhi realizou seu casamento arranjado com Kasturba Gandhi, de 14 anos.
Depois de um pouco de educação indistinta foi decidido que ele deveria ir para a Inglaterra para estudar Direito.
Quando Gandhi voltou à Índia, em 1891, sua mãe havia falecido, e ele, devido a timidez não obteve êxito a exercer sua profissão legal de advogado. Assim, aproveitou a oportunidade que surgiu de ir para África do Sul representando uma firma hindu em um processo judicial.
Sua estadia na África do Sul, notório local de discriminação racial, despertaram em Gandhi a consciência social. Gandhi fundou em KwaZulu-Natal o Congresso hindu em 1894, e seus esforços foram uma vigorosa advertência para a imprensa. Gandhi acabou permanecendo vinte anos na África do Sul defendendo a minoria hindu, liderando a luta de seu povo pelos seus direitos.
O primeiro uso de desobediência civil em massa ocorreu em setembro de 1906. O Governo de Transvaal quis registrar a população hindu inteira. Porém, eles decidiram em grupo a se recusarem a obedecer as providências de inscrição. Ainda, Gandhi sugeriu aos indianos que levassem um penhor em nome de Deus; embora eles fossem hindus e muçulmanos, todos acreditavam em um e no mesmo Deus. Gandhi decidiu chamar esta técnica de recusar se submeter a injustiça de Satyagraha que quer dizer literalmente: "força da verdade".
Gandhi desenvolveu o uso de Ahimsa que significa "sem dor" e normalmente é traduzido "não violência". Seguiu o preceito "o pecado e não o pecador. Desde que nós vivemos espiritualmente, ferir ou atacar outra pessoa são atacar a si mesmo. Embora nós possamos atacar um sistema injusto, nós sempre temos que amar as pessoas envolvidas. Assim ahimsa é a base da procura para verdade".
De volta a Índia em 1915, Gandhi passou a exercer o papel de conscientizador da sociedade hindu e muçulmana na luta pacífica pela independência indiana, baseada no uso da não violência.
Outra estratégia eficiente pela independência foi a política do swadeshi - o boicote a todos os produtos importados, especialmente os produzidos na Inglaterra. Aliada a esta estratégia estava sua proposta de que todos os indianos deveriam vestir o khadi - vestimentas caseiras - ao invés de comprar os produtos têxteis britânicos.
O primeiro desafio de Gandhi contra o governo britânico na Índia estava em resposta contra os poderes arbitrários do "Rowlatt Act" em 1919. A Índia tinha cooperado com a Inglaterra durante a guerra, no entanto estavam sendo reduzidas as liberdades civis.
Em 1920 Gandhi iniciou uma campanha de âmbito nacional de não cooperação com o governo britânico que para o camponês significou o não pagamento de impostos e nenhuma compra de bebida alcóolica, desde que o governo ganhou toda a renda de sua venda.
Em suas falas ele exibe através dos dedos da mão seu programa de cinco pontos:
• igualdade;
• nenhum uso de álcool ou droga;
• unidade hindu-muçulmano;
• amizade;
• e igualdade para as mulheres.
Esses cinco pontos estavam conectados ao pulso, simbolizando a não-violência.
Gandhi decidiu desobedecer as "Leis do Sal" que proibiram os hindus de fazer seu próprio sal; este monopólio britânico golpeou especialmente aos pobres.
Começando com setenta e oito participantes, Gandhi iniciou uma marcha de 124 milhas para o mar que duraria mais de vinte e quatro dias. Milhares tinham se juntado no começo, e vários milhares uniram-se durante a marcha. Gandhi foi preso antes de que pudesse invadir os "Trabalhos Dharasana Sal", mas o amigo dele Sr. Sarojini Naidu conduziu 2.500 voluntários e os advertiu a não resistir às interferências da polícia. De acordo com uma testemunha ocular, o repórter Miller de Webb, eles continuaram marchando até serem detidos abaixo do aco-shod lathis, por quatrocentos policiais, mas eles não tentaram lutar.
Tagore declarou que a Europa tinha perdido a moral e o prestígio na Ásia. Logo, mais de 100.000 hindus estavam na prisão, incluindo quase todos líderes.
Gandhi foi chamado a uma reunião com o Vice-rei Irwin em 1931, e eles firmaram um acordo em março. A Desobediência civil foi cancelada; foram libertados os prisioneiros; a fabricação de sal foi permitida na costa; e os líderes do Congresso assistiriam à próxima Conferência de Mesa Redonda em Londres. Para participar desta conferência, Gandhi viajou novamente a Londres, onde conheceu Charlie Chaplin, George Bernard Shaw, e Maria Montessori, entre outros. Em transmissão de rádio para os Estados Unidos, ele falou que a força não violenta é um modo mais consistente, humano e digno. Discutindo relações com os britânicos, ele disse que ele não quis somente a independência, mas também a interdependência voluntária baseada no amor.
Gandhi continuou exercendo uma revolução não violenta para a Índia, e em 1942 ele e outros líderes foram presos. Nos últimos anos de sua vida, se tornou mais do que um socialista.
Independência para a Índia era agora iminente, mas Jinnah o Líder muçulmano estava exigindo a criação de um estado separado: o Paquistão. Gandhi prega para unidade e tolerância, até mesmo lendo às reuniões um Alcorão de orações.
Mais uma vez ele jejuou até que os líderes da comunidade assinaram um acordo para manter a paz. Antes de que eles assinassem, ele os advertiu de que se rebelassem ele jejuaria até a morte.
Gandhi também fez muito para acalmar os conflitos entre hindus e muçulmanos, permitindo a divisão da Índia em dois países.
Entretanto, no dia 30 de janeiro de 1948, Gandhi foi assassinado a tiros, em Nova Déli, por Nathuram Godse, um hindu radical que responsabilizava Gandhi pelo enfraquecimento do novo governo ao insistir no pagamento de certas dívidas ao Paquistão. Godse foi depois julgado, condenado e enforcado, a despeito do último pedido de Gandhi que foi justamente a não-punição de seu assassino.
O corpo do Mahatma (Grande Alma) foi cremado e suas cinzas foram jogadas no rio Ganges.
É significativo sobre a longa busca de Gandhi por seu Deus o fato de suas últimas palavras serem um mantra popular na concepção hindu de Rama: "Hai Ram!"'.
Fonte: Wikipédia.

Vale a pena conhecer a história e lembrar desse grande líder que tanto fez para nos mostrar o poder imenso que tem o amor ao próximo.
Namastê!

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