quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Feliz Ano Novo!

Em sânscrito existem quatro palavras para felicidade: sukha, santosha, mudita e ananda, cada uma das quais aponta para um nível diferente de felicidade.
Sukha é o prazer fugaz, a felicidade comum que vem de experiências agradáveis. É a felicidade ordinária inseparavelmente ligada a seu oposto: dukha, ou “sofrimento”. Essa dicotomia dor-prazer é uma das bases de dvandvas, os pares de opostos que assolam nossas vidas. Como quente e frio, nascimento e morte, louvor e culpa, sukha e dukha inevitavelmente caminham juntas, simplesmente porque quando nosso bem-estar depende das condições externas, sempre vem e vai.
O antídoto yogico para esse problema é santosha, contentamento. O Yoga Sutra considera santosha como a maneira mais rápida de acalmar a agitação que vem da frustração, do desconforto e do desejo insatisfeito. É ficar satisfeito com o que você tem, aceitar o que você é, sem sentir que precisa de alguma coisa extra para lhe fazer feliz.
Mudita é a felicidade espiritual, do tipo que vem do nada, como uma mensagem do nosso eu mais profundo, e que realmente tem o poder de mudar nosso estado em um momento. Dá origem a uma série de sentimentos, como gratidão, exaltação, equanimidade e dá capacidade de ver a beleza mesmo nas coisas que normalmente não achamos bonitas.
Quando mudita se aprofunda até que se torne o nosso campo inteiro da experiência, encontramo-nos em contato com o nível mais profundo de alegria: ananda, que é normalmente traduzida como felicidade. Ananda é o êxtase, a bem-aventurança, uma alegria que brota das profundezas do Universo e nos liga imediatamente para a vastidão do ser puro. É o poder divino em forma de felicidade.
É por isso que cultivar a alegria é um caminho tão direto para a experiência interior: não é apenas um meio, é a própria meta.
Em vez de tentar agarrar a alegria, o melhor é encontrar práticas e atitudes que a atraiam. O processo de cultivar a alegria poderia ser algo assim: ela começa com a simples compreensão de que a alegria é real, e depois continua com a decisão de ajustar sua mente e seu coração para que estejam abertos o suficiente para sentir isso. Dependendo do seu estado, talvez seja necessária a prática de algum tipo de santosha, que significa perceber os pensamentos e os sentimentos, as angústias e os desejos, que estão agitando o corpo e a mente, e, em seguida, deixar ir aquilo que lhe está causando perturbação. O próximo passo é uma prática de mudita com canto, oração, indo diretamente para o centro do coração, deixando que a energia se expanda, meditando e visualizando uma imagem de amor, oferecendo orações para o bem-estar dos outros, ou outras práticas nesse sentido.
Com este post baseado no texto de Sally Kempton na Prana Yoga Journal de Junho/2010, desejo o cultivo de muita alegria nos corações e o preenchimento do mundo todo com a vibração desse sentimento nesse ano de 2011 que se inicia.
Muito obrigada pela companhia de vocês nesse ano e um Feliz Ano Novo, com muita paz, amor, fé, felicidade...Yoga!
Do fundo do coração, namastê!

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Andei sumida. Andei perdida. Peguei algum atalho errado no meio do caminho, vou ter que voltar e procurar o meu rumo antes de seguir em frente.
Hoje recebi essa mensagem de uma colega de trabalho, não sei de quem é a autoria, mas deixo aqui para vocês também:
"QUANDO UMA ETAPA CHEGA AO FIM
Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final.
Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.
Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.
Foi despedida do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?
Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu....
Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seus amigos, seus filhos, seus irmãos, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado.
Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco.
O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar.
As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora...
Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem.
Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração... e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.
Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.
Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto, às vezes ganhamos, e às vezes perdemos.
Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais.
Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal".
Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará!
Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.
Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante.
Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas, porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.
Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é. Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu próprio, antes de conheceres alguém e de esperares que ele veja quem tu és..."
Namastê, queridos.

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