domingo, 31 de janeiro de 2010

Swami Sivananda escreveu muitos livros ao longo de sua vida, entretanto apenas um continua sendo editado no Brasil. “O poder do pensamento pela Ioga” é um livrinho pequeno, em que ele enfatiza a importância do pensamento na nossa saúde, nos nossos relacionamentos, na formação do nosso caráter e até na determinação do nosso destino. Repetidamente Sivananda enfatiza que devemos vigiar os nossos pensamentos, ter apenas pensamentos positivos, úteis, puros.
Os pensamentos são matéria da Yoga, pois deles é feita a mente, que tentamos controlar, por isso no livro ele dá várias técnicas para concentração e controle dos pensamentos, visando à eliminação total destes e da mente para, finalmente, atingir o Samadhi.
Fica a dica de leitura – e de livro de cabeceira para yogis – e uns trechinhos para inspiração:
“Amigo e inimigo, virtude e vício, existem apenas na mente. Cada indivíduo cria um mundo de bem e de mal, de prazer e de dor unicamente com sua própria imaginação. O bem e o mal, o prazer e a dor não estão nos objetos.”
“Cada pensamento é um elo na ilimitada corrente de causas e efeitos, forjado de desejo, pensamento e ação. Um desejo estimula um pensamento; o pensamento incorpora-se numa ação. A ação constitui a trama do destino. Você semeia uma ação e colhe um hábito; um hábito semeado resulta em caráter. Semeie um caráter e colherá um destino. Pelo poder do pensamento você mesmo é que faz seu destino.”
“O pensamento faz o homem; o homem, a civilização. Por trás de todas as descobertas e invenções, de todas as religiões e filosofias, de todo projeto para salvar ou destruir vidas, está o pensamento. Como construir uma nova Civilização? Gerando uma nova força de pensamento.”

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Quando falamos em Yoga, a maioria das pessoas pensa em alongamento ou poses excêntricas praticadas por atrizes hollywoodianas ou cantoras pop. Quando falamos em meditação, vem à cabeça pessoas meio desligadas do mundo, pacíficas e calmas demais, o que alguns acham maluquice pura. Por isso, quando eu falo que vou fazer um curso de formação para ser professora de Yoga, meus pais pensam que é mais um capricho de quem não finaliza nada do que começa e outros acham que eu devo estar mais perdida na vida do que nunca.
A verdade é que, antes de emitir um juízo de valor, o mais racional a fazer seria conhecer. Eu até tento explicar, mas nada se compara com a prática. A Hatha Yoga tem o poder de nos fazer experienciar níveis de realidade diferentes do que estamos acostumados. Só depois de sentir a paz que a Yoga propicia, entre tantos outros benefícios, dá pra entender porque tantos se apaixonam por ela, e porque eu quero fazer deste o meu caminho.
As situações da vida não são favoráveis à prática espiritual. E, como disse Marco Schultz: “A revolução interna que muitas vezes estamos vivendo, de forma solitária, e, inevitavelmente, cheia de questionamentos, sofre ainda mais quando não temos a compreensão e respeito alheios”.
Tenho pouquíssima autoconfiança, especialmente quando estou cansada. Muitas vezes me questiono se tenho as qualidades de uma yogi. Não quero mostrar que tenho potencial pra no fim me “perverter” por fraqueza, falta de vontade, covardia, não sei. Nesse caminho, não dá pra ser covarde e preguiçoso, pois não há meio termo ao se entregar.
O que me consola é saber que a renúncia está no coração. O interesse é algo que se sobrepõe ao racional, e isso não quer dizer ser impulsivo ou sem critérios. Não é renunciar ao caminho “comum” e ficar no vazio, é abrir mão de uma coisa e se apegar a outra. No interior, todo mundo sabe o que é correto ou não. Sei que se continuar praticando conseguirei acalmar a mente de forma a não ser reativa demais às experiências da vida.
Swami Sivananda já ensinava: “Pratique yoga agora, não adie. Este amanhã nunca virá. Que certeza você quer? A vida escoa e não existem garantias”.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Retroflexões


Eu adoro a prática de Yoga como um todo. Adoro como os pranayamas me acalmam. Adoro um Yoganidra bem feito, em que é impossível se manter consciente. Adoro os asanas, manter a consciência de cada parte do meu corpo e ao mesmo tempo esquecer que meu corpo está ali. Mas alguns asanas eu gosto mais, porque parecem que tem “efeito imediato”.
As aulas que privilegiam a retroflexão e fazem abrir o peito mudam a minha disposição. Bhujangasana sentindo a força descendo pela coluna, dhanurásana balançando com as respirações, shalabásana me faz sentir forte, ustrásana me relaxa, até o guerreiro I é uma delícia! Acho inevitável sentir uma energia diferente depois dessas poses. Saio com a postura melhor, sem os ombros caídos de costume, e encaro a vida com mais coragem. As retroflexões, segundo a Hatha Yoga, servem para ajudar a encarar os medos, deixam mais autoconfiante. Tudo o que eu preciso.


Só falta conseguir fazer o chakrásana, a famosa postura da ponte. Já aprendi que devo soltar a força do pescoço, ainda assim não consigo ter a força nos braços. Não venha me dizer que não precisa fazer força, eu sei, mas como?!

A teoria indica sempre fazer as compensações depois de cada asana, ou seja, depois de curvar a coluna pra trás, devemos curvá-la para frente, por exemplo. Eu acho que eu preciso tanto “abrir o peito” que já estou compensada...

sábado, 23 de janeiro de 2010

Filme: Avatar

Quando vi o trailer de Avatar não gostei. Aquele monte de efeito especial me pareceu filme de guerra no espaço ou coisa assim. Depois soube que tinha uma boa mensagem e fui assistir.
Amei. As cores utilizadas, as imagens nas cenas de vôos, a poesia por trás de alguns acontecimentos, tudo é muito lindo e bem feito.

Quem ainda não viu, corra para ver no cinema, porque acho que o 3D - apesar de me revirar um pouco o estômago - é imprescindível para fazer o contraste entre a tecnologia humana e a natureza Na'vi. Tecnologia esta que com certeza teremos num futuro não muito distante (telas de computador 3D e totalmente interativas). Contato com a natureza de forma que não teremos jamais. É triste pensar nisso, pois a relação dos Na'vi com a natureza, com a terra que os nutre, com os animais e com os seus semelhantes é o equilíbrio perfeito. Eles não matam a toa e muito menos ficam felizes em ter que matar. Eles conseguem se conectar com tudo o que é vivo profundamente, um pulsando no outro. Não creio que hoje poderemos voltar a entender e respeitar o nosso planeta desta forma.
Há uma cena, quando o "forasteiro" é aceito entre eles, em que eles formam uma rede em volta do recém agregado. Coisa mais linda, o ideal de ser parte de algo muito maior.
Dá raiva de ser humano. Dá raiva ver como nós destruímos as florestas sem dó nem piedade por pura ambição. Por dinheiro que não é nada comparado a tudo o que poderíamos ter se fossemos menos egoístas. Mesmo assim, saí do cinema feliz.
Entendi o porquê do nome do filme. Segundo a Wikipédia "Avatar é uma manifestação corporal de um ser imortal segundo a religião hindu, por vezes até do Ser Supremo (...) usam o termo para denotar as encarnações de divindades em outras religiões". Budha, Krisha e Cristo são os mais sublimes exemplos de enviados que desempenharam a missão de reconduzir os seres humanos à trilha que leva à libertação. Posso estar viajando, mas o filme é quase um Avatar, guardada as devidas proporções, ele traz uma mensagem de paz e ética, faz com que realmente desejemos ser pessoas melhores.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Yoga pode ser muito chocante para quem vem de outras religiões – praticamente todos nós, ocidentais.

A minha primeira satsanga foi um desses momentos de choque de cultura. Um altar cheio de imagens de homem elefante, peles azuis, seres envoltos por cobras e etc, tem um quê de demoníaco para alguns. Entoar mantras de olhos fechados numa linguagem estranha a fim de manter a mente quieta parece coisa de lunático. Colocar flores e frutas ao pé do altar e depois tomar os alimentos, passar a mão sobre a chama, colocar pasta de sândalo na testa, fazer prostrações... sei lá, sou contra rituais, ainda mais os que não fazem sentido.
Isso é o que deve passar pela cabeça da maioria. Já passou pela minha também. Quando aprendemos o significado de tudo isso, vemos que não é tão estranho assim.

Satsanga significa:
1- Estar sentado ao lado da existência eterna; estar com a mente estabilizada na existência eterna. É um estado de samadhi.
2 – Estar junto com alguém que passe ensinamentos de natureza espiritual e estar de mente receptiva a esses ensinamentos.
3- Reunião de pessoas com o objetivo de elevar a mente àquilo que é de natureza eterna (nível mais básico).
 Assim, ler o livro de grandes sábios é um tipo de satsanga, a satsanga negativa, ou seja, sem a presença. Mas o encontro puro e simples, de forma festiva, não é satsanga, nem no nível mais básico.

A satsanga não tem um formato ideal. No Sivananda Ashram, a reunião é composta por:
· Kirtans de abertura: o Kirtan tem efeito de elevar e purificar a mente.
· Versos de abertura (slokas = versos): são mais antigos e estruturados, mais formais. Tem efeito de estabilizar a mente; os versos mais filosóficos aumentam a concentração.
· Meditação
· Palestra: para reflexão racional sobre os pontos de estudo, para utilidade pessoal.
· Versos de bênçãos para todas as pessoas: para gerar energia.
· Oração universal
· Versos de bênçãos novamente para que possa haver paz, plenitude e felicidade para todos.
· Saudações finais
· Namaskara: é a prostração, abaixar a cabeça ante algo mais elevado. Estimula ajna chackra, o sangue flui para a cabeça irrigando diversas áreas do cérebro.
Namaskara não é submissão, não é humilhação. Ao pensar que existe um aspecto divino em todos os seres evitamos pensar em ser melhor ou pior do que alguém.
· Arati: é a oferenda da chama diante do altar. As oferendas significam o reconhecimento de que existe uma fonte, “isto é seu, estou mostrando que isto vem da fonte e retorna à fonte”. Oferecem-se alimentos, incenso e lamparina com cânfora. A oferenda da chama significa que o conhecimento vem da fonte infinita. A cânfora na etapa final é a entrega do ego, a cânfora não pára de queimar, é uma transformação que não acaba e se espalha por todo o ambiente (como deve acontecer com o ego). Os sinos e a concha servem para tirar os sons do ambiente e afastar vibrações ruins, ajudam na concentração.
· Prasad = alimentos impregnados com mantras: é tomar novamente o reconhecimento do manifestado: passar as mãos sobre o fogo, comer o alimento.

A Yoga não exige que ninguém se torne hinduísta. Pelo contrário, é estimulado que você mantenha sua religião de origem, pois se entende que Deus é único. A forma que você dá a Ele, o nome pelo qual O conhece, os rituais em que acredita, não importa, desde que se respeite a religião dos outros.
Eu fui criada na igreja católica – batizada e catequizada. Estudei e aderi ao espiritismo. Cheguei a freqüentar igreja evangélica – batista e protestante. Já fui a templos budistas. Agora passo a conhecer o hinduismo. E a minha conclusão dessas experiências é que toda religião é válida, assim como toda forma de amor o é. Somos inteligentes o bastante para saber o que é bom pra gente, o que faz bem, e escolher o melhor caminho. A certeza é de que qualquer caminho que inclua o respeito pelo diferente e, especialmente, o amor, é um bom caminho.

Para quem interessar, há uma satsanga aberta ao público toda sexta-feira apartir das 20:00 na Rua Dom Valverde, 108, no Ipiranga. Você será muito bem vindo.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Decidi, depois de conversar com minha professora na academia e de fuçar em todos os sites de escolas de yoga em São Paulo ou não, começar meu curso de formação de professor.


A princípio a dúvida era qual tipo de yoga cursar. Pois além das tradicionais citadas no post ‘Mas afinal, o que é Yoga?’, existem novos tipos de Yoga para todos os gostos. Se são válidos ou não, não cabe a mim julgar, cada um se identifica com o que lhe faz bem, certo?
No Brasil temos professores fantásticos, como Marcos Rojo, Marco Schultz, Pedro Kupfer, entre tantos. Escolas oferecendo cursos de formação pipocam. A escolha foi bem difícil. Gosto de Ashtanga Vinyasa Yoga, mas achei melhor começar com um tipo mais tradicional e depois eu poderia escolher outras.

Dia 27 de outubro, fiz minha primeira prática de Yoga de Síntese e fiquei admirada com a seriedade deles.


A Yoga de Síntese de Swami Sivananda é a união de todas as Yogas tradicionais que existem. Ele defendia que devemos fazer um pouco de todas e aprofundar as técnicas somente se for possível, pois o ser humano não tem somente uma característica: “O homem é uma estranha e complexa mistura de vontade, sentimento e pensamento.(...) Assim como, vontade, sentimento e pensamento não são distintos e separados; trabalho, devoção e conhecimento não se excluem uns aos outros. Ele precisa, então, desenvolver seu coração, seu intelecto e sua mão. Somente então, ele pode atingir a perfeição.(...) Tornar-se harmoniosamente equilibrado em todas as direções é o ideal da religião e Yoga”. Taí, essa vai ser, se não a única, minha primeira formação.


Sivananda dividiu a Yoga de Síntese em quatro grandes áreas: Raja Yoga, Karma Yoga, Jñana Yoga e Bhakti Yoga; foi pioneiro na divulgação desses ensinamentos (que antes eram mantidos secretos) e foi muito criticado e combatido por isso. Criou a organização Divine Life Society, cuja sede fica no Sivananda Ashram, em Rishikesh. O logotipo da Divine Life Society simboliza a síntese desses quatro grandes caminhos para a realização em Deus, com os lemas SIRVA, AME, MEDITE, REALIZE.

Assim, no curso, além das técnicas de Hatha Yoga (dentro da Raja Yoga) eu aprendo mantras, participo de satsangas e estudo a filosofia vedanta, entre outras em que a Yoga se baseia, de uma forma bem completa, sem privilegiar nenhuma – como a parte física (ásanas), por exemplo, tão tendência nos dias de hoje do lado de cá do planeta.

Para quem se interessar por essa formação, atenção, hoje existem muitos Sivananda Ashram, mas nem todos pertencem à DLS. A famosa Yoga Vedanta Forest Academy faz parte do Sivananda Ashram, é um departamento de curso de professores, mas só conseguem fazer curso lá homens e de cidadania indiana, com raras exceções, como meu professor, Sivaswuarupa. Dêem uma olhada no site da escola:

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Yoga significa união, junção.



A definição de Yoga aparece logo no segundo enunciado do Yogasutra de Patanjali, livro clássico básico de Yoga: ‘Yoga é a supressão dos movimentos da consciência’. Patanjali definiu yoga pelo seu objetivo final: samadhi, sinônimo de nirvana e moksha, ou integração, ou seja, é um processo que visa à união do ser individual com o ser Absoluto, atemporal e incondicionado; e também, é o estabelecimento do domínio sobre a totalidade dos processos da consciência.

Yoga, segundo Sri Swami Sivananda, “é o processo pelo qual a igualdade da alma individual e da alma suprema é realizada pelo yogi. No sentido comum, yoga refere-se a Karma Yoga (Yoga do serviço desinteressado), Bhakti Yoga (Yoga da devoção, amor), Raja Yoga (a ciência do controle físico e mental; meditação), Jñana Yoga (Yoga do intelecto, sabedoria), Hatha Yoga (Yoga do equilíbrio, do Sol e da Lua), Mantra Yoga, Laya Yoga ou Kundalini Yoga (a dissolução do ser em sua causa primeira). Em sentido restrito, significa apenas Astanga Yoga (Yoga das oito partes) ou a Raja Yoga de Patanjali. A palavra também é aplicável, num sentido secundário, a todos aqueles fatores e práticas que conduzem à aquisição final ou realização da Yoga, assim como aquelas que indiretamente levam a liberdade final ou perfeição.”

A Yoga, na verdade, resolve a ignorância que nos faz crer que ‘o espaço fora da sala é diferente do de dentro da sala, pois essa está separada por paredes’. Nós podemos estar delimitados pelo corpo físico, pelo corpo sutil (ligado aos cinco órgãos sensoriais, aos cinco órgãos de ação, aos cinco pranas - energias -, à mente e ao intelecto) e pelo corpo causal (que é o ego ou ahamkara), mas não somos diferentes de tudo que nos envolve. Se colocarmos o corpo humano no microscópio veremos que no interior dos átomos, de que somos formados, só há energia. Tudo é energia, ou, se preferir, tudo é Deus, seja lá qual nome você dê a Ele.

Tem coisa mais consoladora do que saber que já somos perfeitos, que todos somos Deus? Ao olhar para meu semelhante, amigo ou não, pensando que, lá no fundo, mesmo coberto por egoísmo, maldade, ganância, o que seja, há um Deus, como posso agir com violência contra ele? É disso que esse mundo precisa, e é também o que todas as religiões pregam: amor ao próximo e a Deus. Você, que está lendo este post, é perfeito. Acalme sua mente e eleve os pensamentos, siga a sua religião com devoção, faça bem ao próximo e tenha sempre consciência de que você não é seu corpo, não é sua mente.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Dia 17 de outubro aconteceu, no hotel Hyatt em São Paulo, o Body & Soul. Foi o primeiro evento relacionado ao mundo da Yoga que eu participei.


Alimentei muitas expectativas, afinal era num hotel chique, cheio de gente importante do meio, uma programação interessantíssima e mimos como massagens, manicure, consultoria nutricional, personal stylist e etc.
Infelizmente a coisa não foi tão boa assim. Tinha fila pra tudo: pra entrar, pra pegar café, na porta de cada sala para tentar vaga nas aulas, para agendar consultoria e massagem. Ou seja, não consegui fazer nem  metade do que planejei.
Consegui assistir a uma aula 1 hora e meia depois do início do evento, e do lado de fora da sala. Depois peguei uma aula de Vinyasa com a Dany Sá que valeu mais a pena. Nada de massagem e mimo nenhum. Fiquei o dia todo sem ir ao banheiro e beber água, pois não podia sair da fila, a base de cappuccino e barrinha de cereal. Óbvio que cheguei em casa passando mal e, pra ajudar, debaixo de chuva e sem dinheiro para táxi.
Sei que muita gente pediu o dinheiro da inscrição de volta, eu não quis, porque no cômputo geral, o evento foi proveitoso pra mim. Me inspirou a seguir em frente. A evolução rápida na prática me mostrou que eu poderia ser instrutora. Ouvi diversos professores de Yoga falando que há espaço no mercado para quem é bom.
Na palestra da Márcia de Luca me comprometi a meditar todo dia, foi inspirador. A Monja Coen também palestrou, só ouvi alguns pedaços (enquanto estava na fila) e já deu pra sentir quanto conhecimento profundo ela consegue transmitir em sentenças simples. E ainda consegui me encaixar em uma aula que me interessava, Yoga para corredoras - eu também gosto de correr e participo de provas de rua - novamente com a simpatia da Dany Sá.
No dia seguinte, já acordei seguindo as recomendações da ayurveda: escovar a língua para retirar as toxinas que o corpo eliminou durante a noite, tomar água morna com sal e limão em jejum, tomar banho e fazer suryanamaskar (a saudação ao sol), pranayamas (exercícios respiratórios) e meditação antes do café. E só depois começar o dia.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Depois de algumas aulas de Power Yoga e Ashtanga Vinyasa Yoga, passei a experimentar toda sorte de DVD de yoga que eu pudesse alugar:


Bons Fluidos Ioga - aula de Hatha Yoga elaborada pelo Marcos Rojo

Bem-estar e saúde Yoga - com os professores André DeRose e Ana Borella

MTV Yoga - uma aula mais rápida com batidas pulsantes (não gostei muito)

Yoga Integrado Ayur - Filosofia do Bem Viver - da Márcia de Luca, que ensina ásanas para cada tipo de dosha.



E continuam na lista:

MTV Power Yoga

Yoga com Linda Arkin

e aqueles de banca de jornal, pois tenho curiosidade em relação a tudo que diz respeito a Yoga.




Enfim, num desses dias de empolgação em casa com os DVDs, me exibindo um pouco para o meu namorado, dei o melhor de mim na tentativa de sirsásana, sem ter a noção de que eu já conseguia jogar minhas pernas na vertical, e ... caí de costas do outro lado. Apesar do susto e da dor, me senti eufórica. Nossa, então eu já consigo elevar as pernas?! Continuei tentando na parede e consegui me manter alguns segundos sem apoio. Fantástico. Essa constatação me deixou mais confiante em minhas capacidades, vitoriosa por perder um medo de infância e contente como uma criança travessa.
Na Iyengar Yoga dizem que só se aprende realmente a executar sirsásana quando se aprende a cair dele. Eu ainda tenho muito a aprender, mas já estou enfrentando alguns medos. E caí bonito.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

O começo de tudo

Minha primeira aula de yoga foi em junho de 2009 na Praça Vitor Civita, em São Paulo, onde acontecem aulas gratuitas todo sábado pela manhã. A partir daí resolvi frequentar as aulas de yoga da academia e me tornei assídua.
Cada vez mais imersa nessa filosofia linda de vida, comecei a estudar o assunto. Li "Autoperfeição com Hatha Yoga" e "O que é yoga?" do professor Hermógenes, os quais recomendo a quem está começando a caminhada, pois são livros bem escritos, completos, que dão um bom panorama dessa "ciência" profunda.
As mudanças na flexibilidade, no equilíbrio, na força e, especialmente, na mente, surgiram muito rápido. Com a prática me senti autoconfiante, tanta coisa que eu nunca pensei que seria capaz de fazer!

A yoga me ajudou a passar por um período de luto. Não sei como seria se não estivesse um pouco mais equilibrada.
Me ajudou, também, a tomar uma decisão vital: me aceitar. Passei a me respeitar mais, a me amar e me acolher. Desisti de fazer faculdade, depois de quatro tentativas em quatro cursos diferentes e mais de 5 anos de estudo, pois vi que não preciso de um título para ser alguém, já sou especial.

Conheça a Praça Vitor Civita, que além de aulas de yoga com professores da Bio Ritmo, tem aulas de ginástica gratuitas, exposições, programação de teatro, música, palestras e cursos, num ambiente que é um exemplo de revitalização: http://pracavictorcivita.abril.com.br/#
Para saber mais sobre o trabalho do professor Hermógenes: http://www.profhermogenes.com.br/site/

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