terça-feira, 22 de abril de 2014

Lembro de assistir, ainda criança, ao programa "Planeta Terra" da TV Cultura. Colecionei os livros e videos "Vida Selvagem" - aqueles que saíam nas bancas. Ainda assisto ao Discovery Channel.
E há sempre tanto o que aprender sobre a vida neste planeta!
Como tudo está em uma cadeia perfeita! Como o equilíbrio é delicado! Como nosso planeta é um milagre!



Esse mês, finalmente, assisti "Terra", um lindíssimo documentário da Disney (com toda a magia Disney rsrsrs), de 2009. Com fotografia inigualável, o filme nos leva a grande viagem pelo planeta, começando no inverno e passando por todas as estações e suas peculiaridades em cada canto, para cada espécie acompanhada. 

Claro que é só um apanhado geral desse mundão. Mas que belíssimo apanhado!

Por tê-lo considerado pura inspiração, deixo a dica aqui no blog. Afinal, que prova maior da existência de uma Inteligência Superior, um Deus, que a própria vida?
Faz pensar. E amar.





"A Terra é nossa casa e a casa de todos os seres vivos. A Terra mesma está viva. Somos partes de um universo em evolução. Somos membros de uma comunidade de vida independente com uma magnífica diversidade de formas de vida e culturas. Nos sentimos humildes ante a beleza da Terra e compartilhamos uma reverência pela vida e as fontes do nosso ser...". Não descobri o autor da frase (Senador Gaylord Nelson, talvez? Tirei da Wikipédia), mas ela se encaixou perfeitamente aqui.

Feliz Dia da Terra!

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Considerado o texto clássico fundamental do Yoga, os Yogasutras tem diversas traduções e comentários. Por ser o mais antigo e mais importante tratado de Yoga preservado até o presente, você encontrará, facilmente, diferentes livros sobre o assunto, nas mais variadas linhagens e escritos por grandes nomes.
Com a popularização da prática de Yoga, esta disciplina chegou ao ocidente excessivamente voltada às práticas corporais deixando de lado os elementos filosóficos. O estudo dos Yogasutras de Patanjali vem suprir essa falha.
"Os sutras tornam evidente o fato de que o Yoga é uma disciplina que trabalha com a mente, e que o corpo é apenas uma ferramenta adicional para o correto desempenho prático".
Sutras são aforismos e apresentam a característica da linearidade em que cada frase é uma decorrência lógica da anterior com a finalidade de facilitar a memorização, dado o caráter oral da cultura, em que os ensinamentos eram passados de mestre à discípulo para serem memorizados, repetidos e assim preservados.  Cada sutra é um conceito ou corpo de ideias reduzido ao máximo, que representa a síntese das conclusões de determinada teoria e de seus experimentos.
Assim, Patanjali teria sido o compilador desta obra que seria o resumo e o resultado de alguns séculos de debates entre filósofos e praticantes do Yoga.

Um bom livro para iniciar o estudo, na minha opinião, é "Os Yogasutras de Patanjali", traduzidos do sânscrito e comentados por Carlos Eduardo G. Barbosa (disponível na internet). Por dois motivos: por ter sido traduzido diretamente do sânscrito para o português por um conhecedor da língua, evitando erros que podem ocorrer em traduções de traduções; e por evitar longos comentários de cada sutra, o que interrompe a sequência de ideias e confunde mais do explica, em muitos casos.
O autor adota o original sânscrito que contém 196 sutras (existem versões com 194) e os apresenta grafados em sânscrito (no alfabeto original - devangari - e no alfabeto de transliteração adotado internacionalmente para o sânscrito), bem como a tradução para o português, claro.

Os Sutras do Yoga são repartidos em quatro capítulos. O primeiro capítulo apresenta resumidamente todos os requisitos à prática do Yoga, sua natureza geral e sua técnicas. O segundo apresenta os oito passos da realização do Yoga (Yama, Niyama, Asanas, Pranayama, Pratyahara, Dharana, Dhyana e Samadhi), método geral para libertar a alma humana das aflições. O terceiro discorre sobre a meditação e seus resultados. E o último capítulo trata da filosofia e da psicologia do Yoga de maneira geral, e também de seu objetivo final, o Kaivalyam (autorrealização).


"A iluminação de nossa consciência pela realização do Yoga nos traz para perto de nossa fonte espiritual e nos faz sentir a perfeita integração com Deus, com a Humanidade e com todas as forças da Natureza".


I.K. Taimni, outro grande estudioso do assunto, diz que: "Mesmo que o aspirante não possa colocar toda a técnica imediatamente em prática, ele deve dominá-la completamente, pelo menos em seus aspectos teóricos, e, aos poucos, ampliar sua aplicação prática, à medida que seu interesse cresça e sua capacidade aumente. Isso porque a técnica oferece uma ideia geral de todo o campo de trabalho, em todos os seus aspectos, do começo ao fim. Essa é a estrada principal para nosso verdadeiro lar; devemos conhecê-la, pelo menos teoricamente, mesmo que demoremos no percurso e ainda tenhamos um longo caminho a percorrer".

Namaste!


quarta-feira, 16 de abril de 2014

Ontem foi a minha colação de grau (depois de anos de cursos e voltas, um karma finalizado) e o cerimonialista do evento nos presenteou com uma bela prece de abertura, de autoria de Fernando Pessoa.
Hoje, no meu aniversário, faço essa mesma prece, que está tão de acordo com o que acredito e com o meu momento de vida:

"Senhor, que és o céu e a terra, que és a vida e a morte!
O sol és tu e a lua és tu e o vento és tu!
Tu és os nossos corpos e as nossas almas e o nosso amor és tu também.
Onde nada está tu habitas e onde tudo está - (o teu templo) - eis o teu corpo.

Dá-me alma para te servir e alma para te amar. Dá-me vista para te ver sempre no céu e na terra, ouvidos para te ouvir no vento e no mar, e mãos para trabalhar em teu nome.
Torna-me puro como a água e alto como o céu. Que não haja lama nas estradas dos meus pensamentos nem folhas mortas nas lagoas dos meus propósitos. Faze com que eu saiba amar os outros como irmãos e servir-te como a um pai.        [...]
Minha vida seja digna da tua presença. Meu corpo seja digno da terra, tua cama. Minha alma possa aparecer diante de ti como um filho que volta ao lar.
Torna-me grande como o Sol, para que eu te possa adorar em mim; e torna-me puro como a lua, para que eu te possa rezar em mim; e torna-me claro como o dia para que eu te possa ver sempre em mim e rezar-te e adorar-te.
Senhor, protege-me e ampara-me.
Dá-me que eu me sinta teu.
Senhor, livra-me de mim".
 
 
 
 
Namaste!
 

sábado, 12 de abril de 2014

Mais um ótimo livrinho da coleção Viva Melhor da PubliFolha.
Esse especificamente sobre Ashtanga Ioga.


Ashtanga significa oito membros e refere-se à prática delineada nos Yogasutras de Patanjali.

A Ashtanga Vinyasa Yoga baseia-se nos ensinamentos de Sri T. Krishnamacharya, popularizada por Sri K. Pattabhi Jois e, como o próprio livro define, "é uma forma de ioga hatha (física, ou hataioga) que, como outras formas físicas, usa posturas e técnicas de respiração como ponto de partida para alcançar um estado de "ioga" ou "união".(...) A ashtanga ioga é a única no uso de vinyasas (movimentos sincronizados com a respiração), que ligam as posturas de ioga para produzir sequências dinâmicas".

São sequências de posturas que formam séries, das mais básicas até as avançadas A, B, C e D. Quase como coreografias. O livro apresenta a forma básica da série primária.

Antes disso, porém, discorre sobre os três "corpos" do homem, seus koshas (revestimentos), os nadis e chacras, a respiração ujjayi, os bandhas e drishtis mais utilizados na prática e recomendações de segurança. Tudo muito didático.

As posturas são apresentadas passo a passo, com fotos e a explicação dos benefícios de cada uma.

Dá para ler o livro num fôlego só, mas realizar os exercícios ali propostos vai tomar mais tempo. E é bom que seja assim. Num primeiro dia treine a Saudação ao Sol A, no segundo a Saudação ao Sol B, no terceiro aumente as repetições, no quarto faça as duas em sequência, no quinto faça também a sequência em pé... e assim até ficar craque. rs

Eu, que sou sistemática e geração videogame, gosto dessa ideia de seguir um método e evoluir aos poucos (passar de fase). Aperfeiçoando o básico antes de querer virar contorcionista.

Por fim, o autor resume os outros "angas": yamas, niyamas, pratyahara, dharana, dhyana e samadhi, trazendo alguns exercícios simples de meditação.

Livro pequenininho e bem completo.


sexta-feira, 11 de abril de 2014


Já escrevi sobre o livro "Sidarta" de Hermann Hesse aqui no blog.

Reli. E reli novamente.

Ele é todo lindo e cheio de significados que tocam fundo. Se você ainda não leu, fica, novamente, a indicação.
 
Trago hoje dois trechos para a nossa inspiração:
 

“E tinha a impressão de que a grave doença de que sofrera até poucas horas antes manifestara-se precisamente na incapacidade de amar nada e ninguém.”

“Tenho para mim que o amor é o que há de mais importante no mundo. Analisar o mundo, explicá-lo, menosprezá-lo, talvez caiba aos grandes pensadores. Mas a mim me interessa exclusivamente que eu seja capaz de amar o mundo, de não sentir desprezo por ele, de não odiar nem a ele nem a mim mesmo, de contemplar a ele, a mim, a todas as criaturas com amor, admiração e reverência.”
 

E que assim seja. Namaste!
 
 
 

terça-feira, 1 de abril de 2014


Primeiro de abril, o Dia da Mentira, será o meu primeiro Dia da Verdade.

Estive em um curso de yoga neste final de semana e o professor pediu, como lição de casa, para escolher (ou ser escolhido por) um yama ou niyama para “trabalhar” neste semestre.

Oportunamente escreverei um post sobre os yamas e niyamas. Por ora basta saber que são diretrizes éticas externas (yama) e observâncias éticas internas (niyama), que nos conduz a desenvolver controle sobre nossas ações no mundo externo e a autopurificação.

O meu, não pergunte como nem por quê, é Satya.
 
 

Satya é traduzido por verdade, veracidade. É a coerência entre os pensamentos, ações e palavras. É ser honesto.

Mas é mais do que não mentir. A minha busca por uma vida com mais Satya é uma busca por menos auto sabotagem, menos autoengano, menos falsidade e hipocrisia.

Meta: ser verdadeira no que eu acredito, ser verdadeira nas minhas convicções, com os meus objetivos de vida e à minha natureza. Ser verdadeira comigo mesma, antes de tudo.

Não dá para ser uma pessoa por dentro e outra por fora. Viver de aparências causa sofrimento.

Amar algo e esconder, até mesmo de si mesmo. Ter consciência de certas coisas e fingir que não. Isso é o que eu venho fazendo, às vezes, sem saber.

Ser honesto requer muita coragem. Sim, pois, à medida que vamos nos descobrindo, muita coisa suja aparece. Encarar nossa verdade e, mais que isso, escancará-la ao mundo, é assustador.

Iyengar diz que “A verdade é de poder tremendo. Os vedas dizem que nada que não se baseie na verdade pode frutificar ou trazer bons resultados. A verdade é a Alma em comunicação com o estado consciente”. Daí a importância do desenvolvimento deste yama em mim.

É importante observar, também, não impor aos outros a nossa verdade. Porque, além de poder se tornar arrogância ou vaidade, aquela história de “estou te magoando, mas sou sincero/sincera” comigo não cola.

Rosana Biondillo escreveu que “as pessoas que dizem absolutamente tudo o que pensam, muitas vezes não estão sendo necessariamente verdadeiras, mas imaturas, pois nem tudo o que pensamos ser verdade o é de fato, ou pode ou deveria ser dito a qualquer um e, muito menos, de qualquer modo. Deve existir um contexto, uma situação que propicie essa atitude e que a torne válida, onde aquele que ouve deve, de fato, estar preparado e querer ouvir o que temos a dizer. Dessa forma, se não considerarmos os sentimentos do outro ao lhe dizer a verdade (se o que vamos lhe dizer pode magoá-lo ou não), estaremos sendo egoístas”.

Não à toa, Satya vem precedida por outro yama, Ahimsa, a não violência. Nossas ações e palavras não devem ferir, em primeiro lugar.

Nada como ser autêntico sem deixar de ser manso e afetuoso!
 
 

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