sexta-feira, 28 de novembro de 2014

É com grande alegria que convidamos você para os Satsangs celebrando
o lançamento do novo DVD e CD Duplo de Cantos e Mantras
com Marco Schultz e a Maha Satya Sangha em São Paulo!
 
Os encontros são abertos, repasse nosso convite.
Todos são bem vindos!
 
Sexta Feira * 28 de novembro * 20h30
Sábado * 29 de novembro * 20h30
 
ICDEP - Rua Juréia, 349 (próximo ao metrô Santa Cruz)
 
* Não há necessidade de reservas
* Recomendamos chegar com antecedência
* Leve uma almofada para sentar
* Haverá serviço de manobrista no local
* Para os eventos em Santos e SJ dos Campos:

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Quando indiquei o documentário "The Dhamma Brothers" ou "Os irmãos Dhamma" comentei que o projeto se baseou na experiência indiana.
Bem, essa experiência foi retratada em outro documentário: "Doing time, doing Vipassana".


As coisas sem dúvida acontecem por algum motivo. Será que existem coincidências? Porque esse documentário foi exibido no meu retiro de meditação (não Vipassana, ainda) logo após eu ter encontrado o primeiro.
Na época cheguei a procurar por ele, mas não o encontrei. Hoje vi que está disponível no Youtube. Não acessei, então não sei sobre a qualidade.

Namaste! 

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Algo que eu tenho trabalhado intensamente nesse ano é o amor e a compaixão.
Um lindo mantra por todos é o Sarveshaam Shanti:

Om sarveshaam swasti bhavatu
Sarveshaam shaantir bhavatu
Sarveshaam purnam bhavatu
Sarveshaam mangalam bhavatu

Que significa: "Que possam haver boas condições para todos; que possa haver paz para todos; que possa haver plenitude para todos; que possa haver prosperidade para todos. Que todos possam ser felizes; que todos possam ser livres de fraquezas; que todos possam ver o que é auspicioso; que ninguém sofra de tristezas."

Na voz de Tina Turner, com arranjos caprichados, dá vontade de ouvir e cantar o dia todo.


Esse projeto de cantos e mantras em sua voz forte chama-se Beyond. Procurem no Youtube, há músicas lindíssimas, embora eu não tenha encontrado muita divulgação no Brasil.

Namaste

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Na minha busca por informação e inspiração sobre meditação, me deparei com o filme "Os irmãos Dhamma".
Trata-se de um documentário sobre a implantação de projeto de meditação Vipassana em um presídio de segurança máxima americano.
Imagina aqueles presos com cara de mau, condenados à prisão perpétua por homicídio, desajustados e cheios de raiva, meditando em uma região fortemente cristã!
O projeto se baseou na experiência indiana, mas é claro que para os indianos - mesmo em presídios - é mais fácil a aceitação, a adaptação e a instalação do novo comportamento. É um padrão de pensamento diferente do nosso, está arraigado em sua cultura.
Nos EUA há as dificuldades pessoais, que já são enormes fisicamente, emocionalmente e mentalmente, e o obstáculo político. A comunidade vê a meditação como algo relacionado com o budismo e teme.
Achei lindo, por tudo isso.



E como os participantes mudaram! Não se trata de ficar bonzinho, mas de encarar seu lado feio, o que você fez, as dores que causou, as dores que te causaram, sua raiva, seu medo e ... seu amor. Abrir os olhos e o coração, aceitar e passar a responder às coisas de forma diferente, mais consciente e serena.

Eu não conheço muito sobre a meditação Vipassana e fiquei com muita vontade de conhecer. Mais do que isso, fiquei com vontade de encarar o retiro de 10 dias, de mergulhar.
Vipassana significa ver as coisas como realmente são.
Sigamos então no caminho do autoconhecimento.


Namaste!


segunda-feira, 15 de setembro de 2014


Confesso que tive certa resistência ao ler esse livro. Ele me lembra demais daquela história de “O Segredo”, “A lei da Atração”, e afins.

Não gosto muito da ideia de obter o que quiser pelo poder do pensamento. Como boa ocidental, me sinto mais a vontade acreditando num Deus para quem volto os meus pedidos, mas cuja vontade respeito.

Creio que mudando o padrão dos nossos pensamentos, mudamos o nosso comportamento. Alterando o comportamento consistentemente, mudamos a nossa personalidade e, assim, alteramos o nosso destino.

Daí sim, os conceitos do livro de Deepak Chopra fazem sentido. Não se trata de mágica ou manipulação e sucesso não é, necessariamente, conquista material. O próprio autor define o sucesso como “a expansão contínua da felicidade e a realização progressiva de objetivos compensadores. (...) o sucesso é a jornada, não o destino”.


O livrinho é daqueles que dá para ler em um dia e apresenta:

1 – A lei da potencialidade pura: nossa natureza essencial, nossa essência espiritual, é consciência pura. É o Eu maior, o Atman. Acessamos esse campo de potencialidade pura através do silêncio, da meditação, da comunhão com a natureza e praticando o não julgamento.

2 – A lei da doação: é o princípio de que quanto mais você dá, mais recebe. “A maneira mais fácil de obter o que se quer é ajudar os outros a conseguir o que querem”.  Podemos doar bênçãos, carinho, boas energias... que se multiplicam para termos cada vez mais capacidade de dar.

3 – A lei do carma ou de causa e efeito: toda ação gera uma força energética que retorna para nós da mesma forma. Mesmo nossos comportamentos reativos, inconscientes, são escolha nossa. Então devemos assumir o compromisso de observar as nossas escolhas a todo momento, perguntar-nos quais serão as consequências da escolha e se trará felicidade, e pedir orientação ao coração. “O coração é intuitivo. É holístico. É contextual. É relacional. Não se orienta por perdas e ganhos. Ele está conectado ao computador cósmico, ao campo da potencialidade pura...”.

4 – A lei do mínimo esforço: é o princípio da não resistência e das ações motivadas pelo Amor e com a atenção no Eu, não no ego. Podemos colocar a lei em ação praticando a aceitação, sabendo que o momento é como deve ser; assumindo a responsabilidade pela situação e não culpando os outros; e desistindo da necessidade de defender nosso ponto de vista.

5 – A lei da intenção e do desejo: aqui entramos na parte complicada para mim, a parte que considera a física quântica (já assistiram ‘Quem Somos Nós?’) e que diz “desde que você não viole qualquer das leis da natureza, poderá, por intermédio de sua intuição, literalmente, comandar as leis da natureza para realizar seus sonhos e desejos”. Entretanto, concordo com a orientação de “lembrar de praticar a consciência do momento presente em todas as ações. Não permitir que os obstáculos consumam e dissipem a qualidade da atenção no momento presente. Aceitando o presente como ele é, o futuro se manifestará nas intenções e nos desejos mais caros e profundos”.

6 – A lei do distanciamento: é o abandono do apego aos resultados. Krishna já ensina isso na Bhagavad Gita, com trabalho desinteressado, karma yoga. Para colocar isso em ação o autor ensina a não forçar a solução dos problemas, aceitar a incerteza e entrar no campo de todas as possibilidades experimentando a diversão, a excitação, a aventura da vida.

7 – A lei do darma ou do propósito de vida: é a crença de que cada um de nós possui um talento único e está encarnado para encontrar seu verdadeiro EU e servir à humanidade. Devemos nutrir o nosso espírito, descobrir os nossos talentos e perguntar diariamente “Como posso servir?”.


Então, a verdadeira “lei da atração”, em minha opinião, funciona assim:

“Quando você combina a capacidade de expressar seu talento único com benefícios à humanidade, está fazendo pleno uso da lei do darma. Agindo assim, e somando a experiência de sua própria espiritualidade, o campo da potencialidade pura, não há meios de você não ter acesso à abundância ilimitada, porque essa é a verdadeira forma de se obter abundância”.

Além disso, “permaneceremos insatisfeitos se não cultivarmos as sementes da divindade em nosso interior”.

Fica a dica de leitura e em outro post podemos aprofundar alguns conhecimentos.

Namastê!

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Começou nessa segunda-feira, dia 08/09, a série "Templos da Índia" no canal +Globosat (desculpem não ter avisado antes).

"A Índia é o segundo país mais populoso, sétimo maior em área geográfica e a democracia mais populosa do mundo. Uma sociedade pluralista, multilíngue e multiétnica, berço de quatro grandes religiões - hinduísmo, budismo, jainismo e sikhismo. São mais de 4500 anos de história e cultura, que ainda hoje fascinam o mundo inteiro. “Templos da Índia” é uma série de documentários sobre os mais belos e exóticos templos religiosos do país. Um projeto com lindas imagens, curiosidades e muita informação."

O primeiro episódio foi sobre o Templo dos Ratos, Karni Mata. Chocante logo de cara, pois na nossa concepção ocidental, ratos são nojentos.
Nos parece absurdo andar descalços num ambiente com dezenas de milhares de ratos, suas fezes e restos de comida. Imagina então dividir seu leite com eles? Mas para os indianos esses ratinhos são sua família, literalmente. Acredita-se que são a reencarnação de determinada casta e, os ratos brancos, da deusa Durga.
Considere sorte, então, se um rato encostar em você!
Essa diferença gritante no modo de pensar é o que torna a Índia tão interessante.

Ontem o programa foi sobre Jaisalmer e o conjunto de templos jainistas. O Jainismo é uma religião sobre a qual eu não fazia a menor ideia e gostei muito de conhecer. Tenho estudado religiões e me encanta o fato de perceber, a medida que nos aprofundamos, que todas falam a mesma coisa. No que realmente importa há mais pontos de convergência entre elas do que imaginamos ser possível.


Sigamos, então, conhecendo e aprendendo.


O programa passa todos os dias às 22:30. (Há a informação de que é possível assistir também no Globosat Play, mas não consegui achar).


Namastê!

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Hoje é dia de Ganesha!

"Uma das mais populares divindades na Índia, Ganesh ou Ganesha, deus com cabeça de elefante e corpo humano, é conhecido por abrir os caminhos, quebrar as barreiras e dar proteção aos seus devotos. A deidade é adorada como o deus da sabedoria, prosperidade e boa fortuna.(...)

O Ganesha Sahturthi celebra o seu aniversário e é realizada no quarto dia de lua crescente, seguindo o calendário védico lunar, que geralmente acontece no final de agosto e início de setembro. Na Índia, a comemoração dura cerca de dez dias e, no último dia de festa, estátuas de Ganesha são imersas na água".

"Na Tradição Védica o Divino é reconhecido como o Todo. O Universo inteiro é sua manifestação, e pode ser visto através de qualquer forma. Algumas formas são consideradas especiais, e suas características remetem ao entendimento de que o indivíduo e o Todo são um.
As Divindades representam aspectos específicos deste Divino. Dentre elas se encontra Ganesha, que representa o Todo na forma daquele que remove os obstáculos. O que costumamos chamar sorte ou azar é resultado da Ordem Cósmica infalível. Não há nada isolado no Universo, e o encadeamento com tudo o mais é regido por meio de leis muito bem estabelecidas. Portanto, tudo surge e se dissolve de acordo com esta Ordem, de forma adequada.
Ganesha, então, é esta Ordem Cósmica pela qual todos os eventos ocorrem, sejam vistos por nós como obstáculos ou como bênçãos. Geralmente consideramos aquilo que garante a satisfação dos nossos desejos como bom, e aquilo que os impede, ruim. Contudo, o Universo não existe para satisfazer nossos desejos, tampouco para impedi-los; tudo no Universo é divino, sendo adequado e conduzindo a uma maturidade. Com este reconhecimento, nasce uma capacidade de lidar melhor com as situações, permitindo apreciar o Universo como ele é.
As orações, portanto, têm como objetivo reconhecer esta Ordem Cósmica, trazendo o entendimento de que estou imerso no Todo. Ganesha, em especial, com sua cabeça de elefante e grande barriga, simboliza esta Ordem diante da qual não existe obstáculo. Uma manada de elefantes correndo derruba até mesmo uma floresta inteira! E sua grande barriga representa a capacidade de digerir todos os obstáculos que entregamos a ele.
Um dos mais famosos mantras de Ganesha é “Om shri ganeshaya namah”.
Na Índia, nada tem início sem uma saudação a Ganesha, e as crianças aprendem esse mantra antes de serem alfabetizadas".  


No Retiro - ver post O Amor que preenche o mundo - passei por diversos momentos emocionantes e um que marcou muito (acho que todo mundo ali) foi quando começamos despretensiosamente a entoar o mantra:

Om Gum Ganapatayei Namaha

De repente, aquilo foi ganhando volume e emoção, numa energia quase palpável. Achei que fosse só comigo, sentia arrepios, depois descobri que foi um momento lindo para todos.


Pedro Kupfer explica na Prana Yoga Journal o significado do mantra:
"Saudações ao Senhor dos Obstáculos, interiores e exteriores, para que estes sejam removidos da nossa vida
(...)
Gum é a raiz do som de Ganesha. Gana significa força ou grupo e pathi quer dizer cônjuge de. Então, ganapati é o cônjuge da força e do grupo. Yei é o som que ativa shakti. Esse mantra pode ajudar a resolver muitos problemas e dificuldades, trazendo unidade entre o nosso desejo e o objeto do desejo. Louvar pode ajudar a remover as barreiras. (...)"

Aliás, esse post todo foi baseado na Prana Yoga Journal, que está de volta às bancas!


Jaya Ganesha
Namaste!






quinta-feira, 31 de julho de 2014

Divulgando um evento que achei muito interessante:

"Nos dias 15, 16 e 17 de agosto de 2014, o Sesc Belenzinho realizará o Encontro com Yoga, cujo tema será: “Yoga e o Caos: Como a Tradição pode auxiliar o equilíbrio na vida moderna”, com o intuito de refletir, dividir conhecimento e experiências. "

A programação está muito boa. 

Clique aqui para conferir ou acesse:
http://www.sescsp.org.br/programacao/39372_ENCONTRO+DE+YOGA+YOGA+E+O+CAOS#/content=programacao

Poxa, pena que estarei viajando nesses dias. Queria participar de tudo!
Quem for, aproveite por mim e me conte.

Namastê.


quarta-feira, 30 de julho de 2014

Sei que não tenho postado muito, mas minha sadhana nunca esteve tão abençoada.
Acho que é parte da jornada estar mais recolhida. Tenho muito o que falar/escrever, só que não dá para ser com palavras...
Semana passada estive em um retiro de yoga, na Montanha Encantada, em Garopaba. Lugar mágico.






A profundidade das transformações que aconteceram ali e os insights resultantes... uau.

Nunca senti tanta gratidão e o coração tão pleno de Amor. Amor em maiúscula, um amor que não é meu, que me preenche.



Kalil Gibran escreveu, magistralmente, sobre esse Amor:



Sobre o Amor 

"Quando o amor vos chamar, segui-o, embora seus caminho sejam agrestes e escarpados;
e quando ele vos envolver com suas asas, cedei-lhe, embora a espada oculta na sua plumagem possa ferir-vos;
e quando ele vos falar, acreditai nele, embora sua voz possa despedaçar vossos sonhos como o vento devasta o jardim.
Pois, da mesma forma que o amor vos coroa, assim ele vos crucifica. E da mesma forma que contribui para vosso crescimento, trabalha para vossa poda.
E da mesma forma que alcança vossa altura e acaricia vossos ramos mais tenros que se embalam ao sol, assim também desce até vossas raízes e as sacode no seu apego à terra.
Como feixes de trigo, ele vos aperta junto ao seu coração.
Ele vos debulha para expor vossa nudez.
Ele vos peneira para libertar-vos das palhas.
Ele vos mói até a extrema brancura.
Ele vos amassa até que vos torneis maleáveis.
Então, ele vos leva ao fogo sagrado e vos transforma no pão místico do banquete divino.
Todas essas coisas, o amor operará em vós para que conheçais os segredos de vossos corações e, com esse conhecimento, vos convertais no pão místico do banquete divino.Todavia, se no vosso temor, procurardes somente a paz do amor e o gozo do amor, então seria melhor para vós que cobrísseis vossa nudez e abandonásseis a eira do amor, para entrar num mundo em estações, onde rireis, mas não todos os vossos risos, e chorareis, mas não todas as vossas lágrimas.
O amor nada dá senão de si próprio e nada recebe senão de si próprio.
O amor não possui, nem se deixa possuir.Pois o amor basta-se a si mesmo.
Quando um de vós ama, que não diga: "Deus está no meu coração", mas que diga antes: "Eu estou no coração de Deus."
E não imagineis que possais dirigir o curso do amor, pois o amor, se vos achar dignos,determinará ele próprio o vosso curso.
O amor não tem outro desejo senão o de atingir a sua plenitude.Se, contudo, amardes e precisardes ter desejos, sejam estes os vossos desejos: de vos diluirdes no amor e serdes como um riacho que canta sua melodia para a noite; de conhecerdes a dor de sentir ternura demasiada; de ficardes feridos por vossa própria compreensão do amor e de sangrardes de boa vontade e com alegria; de acordardes na aurora com o coração alado e agradecerdes por um novo dia de amor; de descansardes ao meio-dia e meditardes sobre o êxtase do amor; de voltardes para casa à noite com gratidão; e de adormecerdes com uma prece no coração para o bem-amado, e nos lábios uma canção de bem-aventurança."

Então, dentre tantos aprendizados, ficou em mim o desejo de não mais fechar o coração. De poder purificá-lo cada vez mais, para que ele possa sempre refletir esse Amor.
E ficou a linda sensação de que somos, de fato, um. Parece piegas, parece conversa furada só porque é bonito de se dizer. Por isso, não adianta muito escrever, expor, tentar explicar. Só desejo que você tenha um dia, nem que por um milésimo de segundo, essa sensação.

Namastê!

sexta-feira, 13 de junho de 2014




Sei pouco sobre o Xamanismo e afins, mas tive, recentemente, uma experiência muito linda com As Cartas do Caminho Sagrado. Profundamente emocionante, sem explicação.
Então deixo uma oração e músicas para despertar a nossa curiosidade sobre o assunto. Inspiração para buscar conhecer sempre mais aquilo que está além da nossa compreensão.

Oração a Mãe Terra

"Abençoado seja o Filho da Luz que conhece sua Mãe Terra 
Pois é ela a doadora da vida. 
Saibas que a sua Mãe Terra está em ti e tu estás Nela. 
Foi Ela quem te gerou e que te deu a vida 
E te deu este corpo que um dia tu lhe devolvas. 


Saibas que o sangue que corre nas tuas veias 
Nasceu do sangue da tua Mãe Terra, 
O sangue Dela cai das nuvens, jorra do ventre Dela 
Borbulha nos riachos das montanhas 
Flui abundantemente nos rios das planícies. 



Saibas que o ar que respiras nasce da respiração da tua Mãe Terra, 
O alento Dela é o azul celeste das alturas do céu 
E os sussurros das folhas da floresta. 



Saibas que a dureza dos teus ossos foi criada dos ossos de tua Mãe Terra. 
Saibas que a maciez da tua carne nasceu da carne de tua Mãe Terra. 
A luz dos teus olhos, o alcance dos teus ouvidos 
Nasceram das cores e dos sons da tua Mãe Terra 
Que te rodeiam feito às ondas do mar cercando os peixes



Como o ar tremelicante sustenta o pássaro 
Em verdade te digo, tu és um com tua Mãe Terra 
Ela está em ti e tu estás Nela. 
Dela tu nasceste, Nela tu vives e para Ela voltará novamente. 



Segue, portanto, as Suas leis 
Pois teu alento é o alento Dela. 
Teu sangue o sangue Dela. 
Teus ossos os ossos Dela. 
Tua carne a carne Dela. 
Teus olhos e teus ouvidos são Dela também. 



Aquele que encontra a paz na sua Mãe Terra 
Não morrerá jamais, 
Conhece esta paz na tua mente 
Deseja esta paz ao teu coração 

Realiza esta paz com o teu corpo”. 



sábado, 17 de maio de 2014





Nem sei o que escrever sobre esse documentário.

Adorei.


terça-feira, 13 de maio de 2014


O livro “Preparação para o Yoga” de I. K. Taimni é outro must have. Claro que eu adoro todos os livros que indico no blog, mas este, achei muito esclarecedor.

É um livro curto. Na verdade, uma coletânea de textos do autor, verdadeiro estudioso do Yoga, que apresenta assuntos complexos de forma bem didática e ilustrativa.

Nestes capítulos ele discorre, principalmente, sobre o que um aspirante a yogui deve desenvolver, os pré-requisitos para a prática, e os passos preparatórios no Caminho. Porque “não é fácil obter um conhecimento direto e claro sobre as realidades da vida interna. É preciso cultivar o caráter e os estados mentais que possibilitam a transmissão e a aquisição desse conhecimento transcendente”.


No primeiro capítulo apresenta o Yoga:

“Vários tipos de limitações tolhem a nossa liberdade; as ilusões mais grosseiras nos bloqueiam, por todos os lados; estamos constantemente sujeitos a perturbações e sofrimentos, doenças, empobrecimento, sem falar na morte, na separação e perda de entes queridos! Na verdade, não estamos realmente conscientes dessas limitações e ilusões. Por que não pensamos com profundidade e não usamos nossa faculdade de discernimento. Se o fizéssemos, veríamos (...) a natureza efêmera e ilusória do mundo (...). A verdade que liberta das limitações está oculta no coração de cada um, aguardando ser descoberta, assim que ele se disponha a dar os passos necessários”.

“Evidentemente, o Yoga traz benefícios em termos de bem-estar físico. No entanto, é preciso deixar claro que, por Yoga, entendemos a técnica real de autodisciplina, autodescoberta e autorrealização, que tem como objetivo a completa e permanente libertação do homem das limitações nas quais está envolvido”.

No segundo, apresenta os Yoga Sutras, um resumo imperdível, bem exemplificado (inspirou trechos de livros do Professor Hermógenes), explicando o complicado tema, na minha opinião, do Samadhi.

O terceiro capítulo traz um bálsamo para as nossas dificuldades, afirmando que a ciência do Yoga pode ser dominada por meio de treinamento gradual, começando do mais fácil até estarmos preparados para os níveis mais avançados. “O importante é começar de maneira decidida e com a intenção pura. Quando isto acontece, todas as forças da natureza cooperam e ajudam o aspirante em seus esforços – mesmo quando aparentemente parecem estar bloqueando seu caminho. (...) Precisamos aprender a perseverar diante das dificuldades; se formos pacientes, encontraremos um caminho se abrindo à nossa frente, com oportunidades inesperadas surgindo de diferentes maneiras”.

O quarto, continua detalhando os Yoga Sutras, mais especificamente os passos de Bahiranga, ou Yoga externo (Yama, Niyama, Asanas, Pranayama, Pratyahara):

Yama-niyama eliminam as perturbações provenientes das emoções e desejos, Asana elimina as perturbações causadas pelo corpo físico denso; Pranayama remove as perturbações que têm origem no pranamaya-kosha, ou duplo etérico; e Pratyahara desliga as atividades dos órgãos dos sentidos”.

O quinto capítulo é sobre a meditação, que não é meramente sentar numa certa posição e fazer a mente criar séries de ideias conectadas sobre um assunto escolhido, requer esforço.

No sexto, busca desfazer alguns equívocos comuns sobre o Yoga, como comparar com ginástica ou psicanálise, aprofundando as questões sobre o subconsciente.

E no sétimo e último capítulo fala sobre o Guia, sobre a necessidade ou não de orientação externa. Deixo aqui, sobre o assunto, e para nossa inspiração, o trechinho:

“A verdadeira dificuldade nesses casos é a falta de fé e confiança – falta de fé no fato de o Guru Interior está em nós, pronto para nos guiar, e falta de confiança em nossa aptidão para estabelecer contato com Ele e receber Seu auxílio”.

 Namastê!

 

terça-feira, 22 de abril de 2014

Lembro de assistir, ainda criança, ao programa "Planeta Terra" da TV Cultura. Colecionei os livros e videos "Vida Selvagem" - aqueles que saíam nas bancas. Ainda assisto ao Discovery Channel.
E há sempre tanto o que aprender sobre a vida neste planeta!
Como tudo está em uma cadeia perfeita! Como o equilíbrio é delicado! Como nosso planeta é um milagre!



Esse mês, finalmente, assisti "Terra", um lindíssimo documentário da Disney (com toda a magia Disney rsrsrs), de 2009. Com fotografia inigualável, o filme nos leva a grande viagem pelo planeta, começando no inverno e passando por todas as estações e suas peculiaridades em cada canto, para cada espécie acompanhada. 

Claro que é só um apanhado geral desse mundão. Mas que belíssimo apanhado!

Por tê-lo considerado pura inspiração, deixo a dica aqui no blog. Afinal, que prova maior da existência de uma Inteligência Superior, um Deus, que a própria vida?
Faz pensar. E amar.





"A Terra é nossa casa e a casa de todos os seres vivos. A Terra mesma está viva. Somos partes de um universo em evolução. Somos membros de uma comunidade de vida independente com uma magnífica diversidade de formas de vida e culturas. Nos sentimos humildes ante a beleza da Terra e compartilhamos uma reverência pela vida e as fontes do nosso ser...". Não descobri o autor da frase (Senador Gaylord Nelson, talvez? Tirei da Wikipédia), mas ela se encaixou perfeitamente aqui.

Feliz Dia da Terra!

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Considerado o texto clássico fundamental do Yoga, os Yogasutras tem diversas traduções e comentários. Por ser o mais antigo e mais importante tratado de Yoga preservado até o presente, você encontrará, facilmente, diferentes livros sobre o assunto, nas mais variadas linhagens e escritos por grandes nomes.
Com a popularização da prática de Yoga, esta disciplina chegou ao ocidente excessivamente voltada às práticas corporais deixando de lado os elementos filosóficos. O estudo dos Yogasutras de Patanjali vem suprir essa falha.
"Os sutras tornam evidente o fato de que o Yoga é uma disciplina que trabalha com a mente, e que o corpo é apenas uma ferramenta adicional para o correto desempenho prático".
Sutras são aforismos e apresentam a característica da linearidade em que cada frase é uma decorrência lógica da anterior com a finalidade de facilitar a memorização, dado o caráter oral da cultura, em que os ensinamentos eram passados de mestre à discípulo para serem memorizados, repetidos e assim preservados.  Cada sutra é um conceito ou corpo de ideias reduzido ao máximo, que representa a síntese das conclusões de determinada teoria e de seus experimentos.
Assim, Patanjali teria sido o compilador desta obra que seria o resumo e o resultado de alguns séculos de debates entre filósofos e praticantes do Yoga.

Um bom livro para iniciar o estudo, na minha opinião, é "Os Yogasutras de Patanjali", traduzidos do sânscrito e comentados por Carlos Eduardo G. Barbosa (disponível na internet). Por dois motivos: por ter sido traduzido diretamente do sânscrito para o português por um conhecedor da língua, evitando erros que podem ocorrer em traduções de traduções; e por evitar longos comentários de cada sutra, o que interrompe a sequência de ideias e confunde mais do explica, em muitos casos.
O autor adota o original sânscrito que contém 196 sutras (existem versões com 194) e os apresenta grafados em sânscrito (no alfabeto original - devangari - e no alfabeto de transliteração adotado internacionalmente para o sânscrito), bem como a tradução para o português, claro.

Os Sutras do Yoga são repartidos em quatro capítulos. O primeiro capítulo apresenta resumidamente todos os requisitos à prática do Yoga, sua natureza geral e sua técnicas. O segundo apresenta os oito passos da realização do Yoga (Yama, Niyama, Asanas, Pranayama, Pratyahara, Dharana, Dhyana e Samadhi), método geral para libertar a alma humana das aflições. O terceiro discorre sobre a meditação e seus resultados. E o último capítulo trata da filosofia e da psicologia do Yoga de maneira geral, e também de seu objetivo final, o Kaivalyam (autorrealização).


"A iluminação de nossa consciência pela realização do Yoga nos traz para perto de nossa fonte espiritual e nos faz sentir a perfeita integração com Deus, com a Humanidade e com todas as forças da Natureza".


I.K. Taimni, outro grande estudioso do assunto, diz que: "Mesmo que o aspirante não possa colocar toda a técnica imediatamente em prática, ele deve dominá-la completamente, pelo menos em seus aspectos teóricos, e, aos poucos, ampliar sua aplicação prática, à medida que seu interesse cresça e sua capacidade aumente. Isso porque a técnica oferece uma ideia geral de todo o campo de trabalho, em todos os seus aspectos, do começo ao fim. Essa é a estrada principal para nosso verdadeiro lar; devemos conhecê-la, pelo menos teoricamente, mesmo que demoremos no percurso e ainda tenhamos um longo caminho a percorrer".

Namaste!


quarta-feira, 16 de abril de 2014

Ontem foi a minha colação de grau (depois de anos de cursos e voltas, um karma finalizado) e o cerimonialista do evento nos presenteou com uma bela prece de abertura, de autoria de Fernando Pessoa.
Hoje, no meu aniversário, faço essa mesma prece, que está tão de acordo com o que acredito e com o meu momento de vida:

"Senhor, que és o céu e a terra, que és a vida e a morte!
O sol és tu e a lua és tu e o vento és tu!
Tu és os nossos corpos e as nossas almas e o nosso amor és tu também.
Onde nada está tu habitas e onde tudo está - (o teu templo) - eis o teu corpo.

Dá-me alma para te servir e alma para te amar. Dá-me vista para te ver sempre no céu e na terra, ouvidos para te ouvir no vento e no mar, e mãos para trabalhar em teu nome.
Torna-me puro como a água e alto como o céu. Que não haja lama nas estradas dos meus pensamentos nem folhas mortas nas lagoas dos meus propósitos. Faze com que eu saiba amar os outros como irmãos e servir-te como a um pai.        [...]
Minha vida seja digna da tua presença. Meu corpo seja digno da terra, tua cama. Minha alma possa aparecer diante de ti como um filho que volta ao lar.
Torna-me grande como o Sol, para que eu te possa adorar em mim; e torna-me puro como a lua, para que eu te possa rezar em mim; e torna-me claro como o dia para que eu te possa ver sempre em mim e rezar-te e adorar-te.
Senhor, protege-me e ampara-me.
Dá-me que eu me sinta teu.
Senhor, livra-me de mim".
 
 
 
 
Namaste!
 

sábado, 12 de abril de 2014

Mais um ótimo livrinho da coleção Viva Melhor da PubliFolha.
Esse especificamente sobre Ashtanga Ioga.


Ashtanga significa oito membros e refere-se à prática delineada nos Yogasutras de Patanjali.

A Ashtanga Vinyasa Yoga baseia-se nos ensinamentos de Sri T. Krishnamacharya, popularizada por Sri K. Pattabhi Jois e, como o próprio livro define, "é uma forma de ioga hatha (física, ou hataioga) que, como outras formas físicas, usa posturas e técnicas de respiração como ponto de partida para alcançar um estado de "ioga" ou "união".(...) A ashtanga ioga é a única no uso de vinyasas (movimentos sincronizados com a respiração), que ligam as posturas de ioga para produzir sequências dinâmicas".

São sequências de posturas que formam séries, das mais básicas até as avançadas A, B, C e D. Quase como coreografias. O livro apresenta a forma básica da série primária.

Antes disso, porém, discorre sobre os três "corpos" do homem, seus koshas (revestimentos), os nadis e chacras, a respiração ujjayi, os bandhas e drishtis mais utilizados na prática e recomendações de segurança. Tudo muito didático.

As posturas são apresentadas passo a passo, com fotos e a explicação dos benefícios de cada uma.

Dá para ler o livro num fôlego só, mas realizar os exercícios ali propostos vai tomar mais tempo. E é bom que seja assim. Num primeiro dia treine a Saudação ao Sol A, no segundo a Saudação ao Sol B, no terceiro aumente as repetições, no quarto faça as duas em sequência, no quinto faça também a sequência em pé... e assim até ficar craque. rs

Eu, que sou sistemática e geração videogame, gosto dessa ideia de seguir um método e evoluir aos poucos (passar de fase). Aperfeiçoando o básico antes de querer virar contorcionista.

Por fim, o autor resume os outros "angas": yamas, niyamas, pratyahara, dharana, dhyana e samadhi, trazendo alguns exercícios simples de meditação.

Livro pequenininho e bem completo.


sexta-feira, 11 de abril de 2014


Já escrevi sobre o livro "Sidarta" de Hermann Hesse aqui no blog.

Reli. E reli novamente.

Ele é todo lindo e cheio de significados que tocam fundo. Se você ainda não leu, fica, novamente, a indicação.
 
Trago hoje dois trechos para a nossa inspiração:
 

“E tinha a impressão de que a grave doença de que sofrera até poucas horas antes manifestara-se precisamente na incapacidade de amar nada e ninguém.”

“Tenho para mim que o amor é o que há de mais importante no mundo. Analisar o mundo, explicá-lo, menosprezá-lo, talvez caiba aos grandes pensadores. Mas a mim me interessa exclusivamente que eu seja capaz de amar o mundo, de não sentir desprezo por ele, de não odiar nem a ele nem a mim mesmo, de contemplar a ele, a mim, a todas as criaturas com amor, admiração e reverência.”
 

E que assim seja. Namaste!
 
 
 

terça-feira, 1 de abril de 2014


Primeiro de abril, o Dia da Mentira, será o meu primeiro Dia da Verdade.

Estive em um curso de yoga neste final de semana e o professor pediu, como lição de casa, para escolher (ou ser escolhido por) um yama ou niyama para “trabalhar” neste semestre.

Oportunamente escreverei um post sobre os yamas e niyamas. Por ora basta saber que são diretrizes éticas externas (yama) e observâncias éticas internas (niyama), que nos conduz a desenvolver controle sobre nossas ações no mundo externo e a autopurificação.

O meu, não pergunte como nem por quê, é Satya.
 
 

Satya é traduzido por verdade, veracidade. É a coerência entre os pensamentos, ações e palavras. É ser honesto.

Mas é mais do que não mentir. A minha busca por uma vida com mais Satya é uma busca por menos auto sabotagem, menos autoengano, menos falsidade e hipocrisia.

Meta: ser verdadeira no que eu acredito, ser verdadeira nas minhas convicções, com os meus objetivos de vida e à minha natureza. Ser verdadeira comigo mesma, antes de tudo.

Não dá para ser uma pessoa por dentro e outra por fora. Viver de aparências causa sofrimento.

Amar algo e esconder, até mesmo de si mesmo. Ter consciência de certas coisas e fingir que não. Isso é o que eu venho fazendo, às vezes, sem saber.

Ser honesto requer muita coragem. Sim, pois, à medida que vamos nos descobrindo, muita coisa suja aparece. Encarar nossa verdade e, mais que isso, escancará-la ao mundo, é assustador.

Iyengar diz que “A verdade é de poder tremendo. Os vedas dizem que nada que não se baseie na verdade pode frutificar ou trazer bons resultados. A verdade é a Alma em comunicação com o estado consciente”. Daí a importância do desenvolvimento deste yama em mim.

É importante observar, também, não impor aos outros a nossa verdade. Porque, além de poder se tornar arrogância ou vaidade, aquela história de “estou te magoando, mas sou sincero/sincera” comigo não cola.

Rosana Biondillo escreveu que “as pessoas que dizem absolutamente tudo o que pensam, muitas vezes não estão sendo necessariamente verdadeiras, mas imaturas, pois nem tudo o que pensamos ser verdade o é de fato, ou pode ou deveria ser dito a qualquer um e, muito menos, de qualquer modo. Deve existir um contexto, uma situação que propicie essa atitude e que a torne válida, onde aquele que ouve deve, de fato, estar preparado e querer ouvir o que temos a dizer. Dessa forma, se não considerarmos os sentimentos do outro ao lhe dizer a verdade (se o que vamos lhe dizer pode magoá-lo ou não), estaremos sendo egoístas”.

Não à toa, Satya vem precedida por outro yama, Ahimsa, a não violência. Nossas ações e palavras não devem ferir, em primeiro lugar.

Nada como ser autêntico sem deixar de ser manso e afetuoso!
 
 

quinta-feira, 20 de março de 2014


Ut significa intenso e tan alongamento ou extensão.

Páda significa pé, pata, apoio, passo; e Hasta, mão.

Para realizar esta postura básica de inclinação para frente, fique em Tadasana e coloque as mãos no quadril. Expire e curve-se para frente a partir da articulação do quadril, não da cintura. A ênfase deve ser na extensão do tronco enquanto se move mais profundamente na posição.

Se possível, com as pernas esticadas, traga as palmas das mãos ou pontas dos dedos ao chão, em frente ou ao lado dos pés, ou coloque as mãos na parte de trás dos tornozelos. Se não for possível, cruze os braços e segure seus cotovelos. Pressione os calcanhares firmemente no chão e levante o cóccix em direção ao teto. Vire a parte superior das coxas levemente para dentro.

Em cada inspiração, levante e alongue o tronco levemente, em cada exalação solte um pouco mais na flexão frontal. Desta forma o tronco oscila quase imperceptivelmente com a respiração. Deixe a cabeça solta, o que alonga mais a parte superior das costas.


Uttanasana pode ser usada como uma postura de descanso entre as posturas em pé. Fique na posição de 30 segundos a 1 minuto.

A gravidade é quem deve trabalhar, não force puxando-se para baixo para evitar tensão desnecessária e lesões. É melhor aliviar a tensão sobre os joelhos para encontrar um espaço entre as articulações dos quadris e permitir que a coluna se solte. Se necessário, dobre os joelhos levemente, só assim o alongamento das pernas produz um alongamento por igual ao longo de toda a linha posterior do corpo.

Atenção para a sensação de alongamento no centro do músculo, não nos ligamentos (em volta da origem ou da inserção de um músculo), que indicam que os tendões e o tecido conjuntivo estão sendo alongados, ao invés das fibras do músculo. 

Não enrole a coluna para voltar. Traga as mãos às costas, sobre o quadril, e reafirme o alongamento da parte frontal do torso. Então pressione o final da coluna para baixo em direção à pélvis e suba com a inspiração, com a coluna ereta.

Esse asana alonga os músculos da coluna vertebral, isquiotibiais, fibras posteriores dos glúteos médio e mínimo, glúteo máximo, piriforme, adutor magno, sóleo e gastrocnêmio. Ou, para simplificar, alonga os músculos posteriores da coxa, panturrilhas, quadris e bumbum.

“Aliado à gravidade, a postura desloca cranialmente o centro do diafragma, portanto, mais liberdade é necessária na parte posterior da caixa torácica para o movimento da respiração”, segundo o livro “Anatomia da Yoga”, de Leslie Kaminoff. Use a respiração a seu favor.

É dito que a postura acalma a mente e ajuda a aliviar estresse e depressão, estimula o fígado e rins, melhora a digestão (massageia e tonifica os órgãos digestivos, aliviando flatulência, constipação e indigestão), ajuda a aliviar sintomas da menopausa, reduz cansaço e ansiedade, melhora o metabolismo, aumenta a concentração e alivia dor de cabeça e insônia, é terapêutica para asma, pressão alta, infertilidade e sinusite (alívio de problemas nasais e de garganta).Todos os nervos espinhais são estimulados e fortalecidos. Abaixar o tronco aumenta o fluxo de sangue para o cérebro e melhora a circulação para a glândula pituitária e hipófise.

Pessoas com lesões na coluna, osteoporose ou ambos devem tentar se inclinar para frente com muito cuidado e de forma gradativa.

Pessoas com hipertensão devem tentar realizar esse movimento gradualmente e permanecer nela somente se não forçar a respiração. Pessoas com hipotensão devem se desenrolar desta postura bem lentamente, para não sentir tontura.
 
Boa prática!

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