sábado, 20 de março de 2010

Mantras e japa mala

A ciência dos Mantras foi descoberta pelos Rishis da Índia (sábios-videntes iluminados). Ela usa de maneira técnica o poder da vibração sonora para efeitos positivos nos vários níveis e aspectos do ser humano. Os mantras têm pronúncia e ritmo especial e não devem ser usados por pessoas que não os aprenderam pessoalmente de um professor.
Se eu repito o mantra somente é uma prática de Japa (que significa repetição). Se eu tenho a imagem e o significado, é meditação.
Apenas com a repetição de mantras, obtêm-se os mesmo benefícios dos pranayamas e ásanas e toda a Hatha Yoga. Com sinceridade, vontade e aspiração espiritual, pode-se iniciar em Mantra Yoga.
Estou falando sobre esse assunto, porque acabei de comprar meu Japa Mala, que é uma espécie de rosário de orações. E como os benefícios da meditação andam sendo bastante divulgados na mídia, espero poder ajudar com algumas dicas:
  • Tenha um horário fixo. Tome um banho antes de se sentar para Japa de manhã cedo. Além dessa prática formal diária, faça Japa a qualquer momento que você tenha tempo livre, especialmente durante os Sandhyas ou junções do dia;
  • Local definido e solitário;
  • Postura estável, coluna alinhada;
  • Olhar para o Norte ou Leste;
  • Assento adequado, como forma de conservar a eletricidade do corpo, isolante da energia dos chakras de baixo para a energia subir;
  • Repetir orações que elevem a mente. O principal no Mantra é o Nama (nome de Deus). Selecione qualquer mantra ou Nama e repita-o de 108 a 1080 vezes diariamente;
  • Articulação vocal clara, pronuncie cada letra do Mantra correta e distintamente;
  • Observe Mowna (silêncio) e evite distrações, chamadas e envolvimentos. Fique de olhos fechados. Atitude de alerta e vigilância;
  • Use um Rudraksha ou Tulasi Mala de 108 contas (são sagrados porque tem propriedades terapêuticas);
  • Use o polegar e o dedo médio da mão direita para passar as contas. O dedo indicador é proibido, pois está ligado aos instintos pessoais, à energia do ego;
  • Não permita que o mala permaneça abaixo do umbigo, por causa da ativação dos chakras. A energia deve subir, não ficar só embaixo;
  • Não cruze o Meru (coroa ou cabeça, onde a energia se acumula). Retorne em sentido inverso quando chegar ao final;
  • Alterne entre Japa mental, Japa murmurado e Japa em voz alta, quando a mente divagar. Assim, mantêm o interesse, evita a fadiga e contra-ataca a monotonia;
  • Associe o Japa com pranayamas e medite na forma de sua divindade escolhida. Mantenha uma figura ou estátua da sua divindade em sua frente. Pense no significado do mantra enquanto o repete;
  • O mala não deveria ser visível a você ou aos outros. Cubra-o com um lenço, que deve ser puro e lavado frequentemente;
  • Não peça a Deus nenhum beneficio mundano enquanto faz Japa. Sinta que seu coração esta sendo purificado e sua mente esta se tornando firme e estável;
  • Mantenha seu Guru-Mantra em segredo;
  • Após terminar o Japa, não deixe o local imediatamente, sente-se quietamente por 10 minutos, murmure uma oração, relembre-se do Senhor. Após prestar prostrações, comece seus deveres rotineiros. Assim, as vibrações espirituais permanecerão intactas.

Essas dicas foram tiradas do livro Japa Mala de Swami Sivananda. Postarei aqui alguns mantras futuramente.
 

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