sábado, 17 de abril de 2010

Halásana e o medo

Todos temos, em maior ou menor grau, algum medo. Eu sou uma medrosa de primeira.
Tinha medo de fazer halásana, a postura do arado. Minha mãe me convenceu, na infância, que fazer cambalhotas quebravam o pescoço – não sei dar cambalhotas até hoje – então achava que essa coisa de jogar as pernas lá pra trás encolhendo tanto assim o pescoço só podia ser fatal!

Na medida em que se relaxa em cada respiração, os pés vão naturalmente mais e mais em direção ao solo. É só relaxar! Essa postura é ótima para alongar os extensores de toda a coluna, além de pernas e ombros.
Ok, esse medo não foi tão difícil de superar. Mas eu tenho um medo ainda maior – muito maior - de ser feliz. Na verdade, no fundo, não acredito que eu mereça mesmo ser feliz. Não confio no meu taco – um psicanalista lê isso como resultado de uma castração, um yogi talvez explique como fraca Iccha Shakti, a força interior que nos leva a buscar nossos objetivos -, estou sinceramente trabalhando nisso. Já é uma grande coisa ter consciência de tudo isso, não?
E, em mais uma coincidência (?) incrível, cruzei duas vezes nessa semana com trechos do livro "A Return to Love" de Marianne Williamson. Num deles ela diz: "Nosso medo mais profundo não é o de sermos inadequados. Nosso medo mais profundo é o de que somos poderosos além da medida. É a nossa luz, não nossa escuridão, o que nos apavora mais. Perguntamos a nós mesmos: 'Quem sou eu para ser brilhante, belo, talentoso, fabuloso?' Na verdade, quem é você para não ser?
Você é uma criança de Deus. Seu jogo pequeno, mesquinho, não serve ao mundo. Não há nada de iluminado em se diminuir e se encolher tanto, para que os outros não se sintam inseguros na sua presença. Nós todos deveríamos brilhar como as crianças. Nós nascemos para manifestar a glória de Deus, que está dentro de nós. Essa glória não está em apenas alguns de nós. Ao nos libertarmos do nosso próprio medo, nossa presença, automaticamente, liberta os outros."
Infelizmente, só agora sei que "O medo é a antítese do amor, no sentido que há uma necessidade de voltar-se para o interior, fechar-se sobre si mesmo a causa da fragilidade que o indivíduo sente. O amor é centrífugo, emana desde o interior. Quem vibra amor não precisa proteger-se nem fechar-se, pois ele é a solução contra os estados negativos."- sábias palavras de Pedro Kupfer.

P.S.: Essa é pra você, Priscila. Força, menina!

1 comentários:

Priscilla Nagao disse...

Oi Andrea, mais uma vez um tema muito interessante e suas palavras vão me fazer refletir muito, a yoga como você sabe também está presente na minha vida e têm me ajudado muito a superar meus medos, a me dar mais confiança interior. Obrigada mais uma vez, e obrigada pelo carinho! Tudo de bom pra você sempre!!! Namastê! Om Shanti!!!

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