sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Santosha e carência

Estou com certa carência afetiva. Aí, encontrei esse texto do professor Hermógenes, no livro "Yoga para nervosos":

"Santosha cura impotência, úlceras, insônia, hipertensão, prisão de ventre, asma... enfim, toda doença originária do nervosismo, da insatisfação, da ansiedade e da apreensão.
Santosha quer dizer contentamento.
Contentar-se é acomodar-se com o que se tem, inclusive mesmo uma úlcera, a qual, todos já sabem, se agrava com a tensão psicossomática. Se o doente conversar com ela e lhe disser: "Até ontem pudeste amedrontar-me, manter-me em estado de alarma ou sofrimento, mas hoje, concordo, eu te aceito, não significas grande coisa para mim", infalivelmente vais melhorar. Essa atitude psíquica alivia a tensão. A estratégia para vencer a coisa é também essa? Contentar-se até mesmo com a situação da carência, falência, queda, crise... é estratégia para libertar-se de tudo isso. Usar santosha vale por assinar um tratado de paz e, conseqüentemente, desmoralizar o "inimigo". Contentamento é desafogo, pois liberta-nos da ansiedade por obter cura ou triunfar. Veja bem: não é capitulação de covarde. É a calma de quem se sente forte.
Se, para vencer uma carência, o contentamento é valioso, para a manutenção de um estado de razoável tranqüilidade o é ainda mais. Aliás, não haverá paz enquanto cobiçarmos algo, mesmo que seja a própria paz. Não alcança o céu quem por ele se consome de ansiedade. Uma forma de cair no inferno é tornar-se ansioso por ganhar o céu. Há um querer sereno, sem luta, sem tensões que abre a porta da vitória. Aprenda isso
Não há riqueza maior do que o sentimento de ter bastante, de contentar-se com o que se é, bem como com o que ainda não se é, ou ainda não se conseguiu ser.
Tenho sabido de muita gente que perdeu a saúde exatamente pela ânsia de ser sadio e forte. Tenho conhecido quem se perdeu vencido exatamente pela luta por fazer-se santo e perfeito.
Estar contente embora tendo mazelas é o caminho certo para delas libertar-se. Não se perturbe com suas próprias inferioridades. Não permita que defeitos, sintomas, carências façam de você um ansioso ou um abatido (...).

Reflexão: Minhas insuficiências, limitações, defeitos, incapacidades, impurezas e imperfeições, com a graça de Deus e minha dedicação, virão a ser superadas. Para tanto, preciso não me perder no sentimento de ansiedade e me debater na insatisfação. Aceito-me como sou, e só assim consigo saber o que sou e o que em mim preciso transformar. Sinto-me tranqüilo, mesmo me reconhecendo pobre e carente de perfeição. Ao contentar-me, conquisto paz, e com a paz, o remédio".

Fica a mensagem para vocês, meus amigos, e o voto de paz e bençãos.
Namastê!

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