terça-feira, 19 de outubro de 2010

Meditação caminhando

Domingo fui fazer meditação andando (kinhin) no Parque da Água Branca. Vou contar pra vocês, não é fácil.
O objetivo simplesmente é estar ‘no momento presente’, prestando atenção em cada passo, na sensação de cada parte dos pés no chão, na transferência de peso de uma perna para outra, na respiração, nos sons, etc.
Simples? Agora imagine uma monja careca seguida por alguns tipos extravagantes (não os do tipo hippie, mas os do tipo nada a ver, mesmo), uma menina com a roupa um pouco justa para a ocasião (eu) e uma de cabelo cor de rosa (minha amiga Maria Paula), andando em fila com as mãos em mudra shashu. Imagine, então, se essa monja não teve infância e resolve brincar de ‘siga o mestre’, fazendo ziguezagues, passando pelo parquinho por baixo de alguns brinquedos e parando para observar um macaquinho na árvore. Na minha mente nada zen, eu só pensava que ela devia estar de brincadeira mesmo, e imaginava os transeuntes pensando que devia ser uma espécie de oficina de teatro ou pegadinha.
No começo eu tentei manter o foco, achei que só eu me preocupava com o que iriam pensar – fútil! – depois vi que os monges zens budistas têm uma cara de alegre ironia, que torna o evento ainda mais engraçado. Desisti de vez. Tropecei duas vezes e ri baixinho me imaginando despencando no meio da meditação zen! Pior, a Maria Paula teve os mesmos pensamentos.
Moral da história: se você for uma pessoa com a mente perturbada como nós duas, terá muita dificuldade em levar a sério esse tipo de meditação. Com o tempo, pode ser que isso mude, afinal a prática ta aí pra isso, né?!

0 comentários:

Postar um comentário

Related Posts with Thumbnails

Template by:
Free Blog Templates