terça-feira, 26 de abril de 2011

Coração livre

No meu aniversário do ano passado estava decidida a cuidar de mim, sozinha. Vocês até ficaram orgulhosos, né? Meses depois estava desesperada para arrumar alguém e fui ridiculamente enganada, acreditando no primeiro que me jurou casamento. Quão ingênuo é isso? Os anos passam e não parece realmente que aprendi alguma coisa.
Pensei muito sobre relacionamentos, sobre o que eu quero e quem eu sou, e continuo errando. Eu tinha uma professora de matemática que me dizia que errar é humano, mas insistir no erro é burrice (ai, como eu adorava quando ela era paciente com a minha dificuldade de aprendizado!). Fiz mais um aniversário e estou num relacionamento muito igual a todos os anteriores.
Claro que hoje eu tenho mais consciência de que algumas atitudes são desrespeitosas e sou menos tolerante, mas ainda temo me impor demais e acabar sozinha. Não quero ser egoísta e perder alguém que poderia dar certo. Relacionamentos cegam-me de tal forma que passo a concordar com o outro quando ele diz que eu estava errada em relação a tudo! Minhas crenças eram erradas, a crença dele é que é a verdade. Meus costumes precisam ser mudados, afinal num relacionamento sério não agimos assim. Meus gostos precisam ser revistos porque é falta de respeito com o namoro.
Às vezes, abro o olho e bato o pé: “essa sou eu”. Aí é a vez dele jurar que entende e que vai mudar. Ficamos nesse ciclo de auto-enganação, em alguns casos, por anos.
Sério, Andréa, que você, uma mulher de 27 anos, independente e inteligente, cai nessa? DE NOVO??? Agora, pensa, se existe A pessoa, ela vai exigir que você deixe de ser você mesma? Hummm, não sei, perae, to confusa...
Por isso, um namoro que começa com o encantamento vai se tornando um fardo para mim e o fim acaba sendo mais um alívio do que um sofrimento. É uma libertação, quando eu me permito ser eu mesma de novo!
Engraçado que, ontem, conversando com um amigo (com o qual eu não deveria falar, por sinal, rs), me surpreendi quando ele achou difícil acreditar que eu me deixasse manipular. A surpresa não veio dele não saber que sou manipulável, mas de perceber que eu não sou! Sou capaz de me rebaixar tanto para ter alguém, que nem eu mesma acredito.
É bom ser flexível, mas só quando você não perde de vista o que você quer e, principalmente, quem você é. Fazer concessões por amor, não por medo.

Será que dessa vez eu aprendi?

1 comentários:

Anônimo disse...

Tudo Isso é maravilhoso, mas, hoje, nada mais é proibido discriminar, hoje não existe mais o ridiculo, então, aproveitando esta oportunidde, em Relação ao amor, Eu Gostaria que as mulheres(femininas) tomasse a suas iniciativas ao Amor para com os Homens.

Postar um comentário

Related Posts with Thumbnails

Template by:
Free Blog Templates