segunda-feira, 15 de setembro de 2014
Confesso que tive certa
resistência ao ler esse livro. Ele me lembra demais daquela história de “O
Segredo”, “A lei da Atração”, e afins.
Não gosto muito da ideia de obter
o que quiser pelo poder do pensamento. Como boa ocidental, me sinto mais a
vontade acreditando num Deus para quem volto os meus pedidos, mas cuja vontade
respeito.
Creio que mudando o padrão dos
nossos pensamentos, mudamos o nosso comportamento. Alterando o comportamento
consistentemente, mudamos a nossa personalidade e, assim, alteramos o nosso
destino.
Daí sim, os conceitos do livro de
Deepak Chopra fazem sentido. Não se trata de mágica ou manipulação e sucesso
não é, necessariamente, conquista material. O próprio autor define o sucesso
como “a expansão contínua da felicidade e a realização progressiva de objetivos
compensadores. (...) o sucesso é a jornada, não o destino”.
O livrinho é daqueles que dá para
ler em um dia e apresenta:
1 – A lei da potencialidade pura:
nossa natureza essencial, nossa essência espiritual, é consciência pura. É o Eu
maior, o Atman. Acessamos esse campo de potencialidade pura através do
silêncio, da meditação, da comunhão com a natureza e praticando o não
julgamento.
2 – A lei da doação: é o
princípio de que quanto mais você dá, mais recebe. “A maneira mais fácil de
obter o que se quer é ajudar os outros a conseguir o que querem”. Podemos doar bênçãos, carinho, boas
energias... que se multiplicam para termos cada vez mais capacidade de dar.
3 – A lei do carma ou de causa e
efeito: toda ação gera uma força energética que retorna para nós da mesma
forma. Mesmo nossos comportamentos reativos, inconscientes, são escolha nossa.
Então devemos assumir o compromisso de observar as nossas escolhas a todo
momento, perguntar-nos quais serão as consequências da escolha e se trará
felicidade, e pedir orientação ao coração. “O coração é intuitivo. É holístico.
É contextual. É relacional. Não se orienta por perdas e ganhos. Ele está
conectado ao computador cósmico, ao campo da potencialidade pura...”.
4 – A lei do mínimo esforço: é o
princípio da não resistência e das ações motivadas pelo Amor e com a atenção no
Eu, não no ego. Podemos colocar a lei em ação praticando a aceitação, sabendo
que o momento é como deve ser; assumindo a responsabilidade pela situação e não
culpando os outros; e desistindo da necessidade de defender nosso ponto de
vista.
5 – A lei da intenção e do
desejo: aqui entramos na parte complicada para mim, a parte que considera a
física quântica (já assistiram ‘Quem Somos Nós?’) e que diz “desde que você não
viole qualquer das leis da natureza, poderá, por intermédio de sua intuição,
literalmente, comandar as leis da natureza para realizar seus sonhos e desejos”.
Entretanto, concordo com a orientação de “lembrar de praticar a consciência do
momento presente em todas as ações. Não permitir que os obstáculos consumam e
dissipem a qualidade da atenção no momento presente. Aceitando o presente como
ele é, o futuro se manifestará nas intenções e nos desejos mais caros e
profundos”.
6 – A lei do distanciamento: é o
abandono do apego aos resultados. Krishna já ensina isso na Bhagavad Gita, com trabalho
desinteressado, karma yoga. Para colocar isso em ação o autor ensina a não
forçar a solução dos problemas, aceitar a incerteza e entrar no campo de todas
as possibilidades experimentando a diversão, a excitação, a aventura da vida.
7 – A lei do darma ou do propósito
de vida: é a crença de que cada um de nós possui um talento único e está
encarnado para encontrar seu verdadeiro EU e servir à humanidade. Devemos
nutrir o nosso espírito, descobrir os nossos talentos e perguntar diariamente “Como
posso servir?”.
Então, a verdadeira “lei da
atração”, em minha opinião, funciona assim:
“Quando você combina a capacidade
de expressar seu talento único com benefícios à humanidade, está fazendo pleno
uso da lei do darma. Agindo assim, e somando a experiência de sua própria
espiritualidade, o campo da potencialidade pura, não há meios de você não ter
acesso à abundância ilimitada, porque essa é a verdadeira forma de se obter
abundância”.
Além disso, “permaneceremos
insatisfeitos se não cultivarmos as sementes da divindade em nosso interior”.
Fica a dica de leitura e em outro
post podemos aprofundar alguns conhecimentos.
Namastê!
quarta-feira, 10 de setembro de 2014
Começou nessa segunda-feira, dia 08/09, a série "Templos da Índia" no canal +Globosat (desculpem não ter avisado antes).
"A Índia é o segundo país mais populoso, sétimo maior em área geográfica e a democracia mais populosa do mundo. Uma sociedade pluralista, multilíngue e multiétnica, berço de quatro grandes religiões - hinduísmo, budismo, jainismo e sikhismo. São mais de 4500 anos de história e cultura, que ainda hoje fascinam o mundo inteiro. “Templos da Índia” é uma série de documentários sobre os mais belos e exóticos templos religiosos do país. Um projeto com lindas imagens, curiosidades e muita informação."
O primeiro episódio foi sobre o Templo dos Ratos, Karni Mata. Chocante logo de cara, pois na nossa concepção ocidental, ratos são nojentos.
Nos parece absurdo andar descalços num ambiente com dezenas de milhares de ratos, suas fezes e restos de comida. Imagina então dividir seu leite com eles? Mas para os indianos esses ratinhos são sua família, literalmente. Acredita-se que são a reencarnação de determinada casta e, os ratos brancos, da deusa Durga.
Considere sorte, então, se um rato encostar em você!
Essa diferença gritante no modo de pensar é o que torna a Índia tão interessante.
Ontem o programa foi sobre Jaisalmer e o conjunto de templos jainistas. O Jainismo é uma religião sobre a qual eu não fazia a menor ideia e gostei muito de conhecer. Tenho estudado religiões e me encanta o fato de perceber, a medida que nos aprofundamos, que todas falam a mesma coisa. No que realmente importa há mais pontos de convergência entre elas do que imaginamos ser possível.
Sigamos, então, conhecendo e aprendendo.
O programa passa todos os dias às 22:30. (Há a informação de que é possível assistir também no Globosat Play, mas não consegui achar).
Namastê!
;;
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