quinta-feira, 20 de março de 2014


Ut significa intenso e tan alongamento ou extensão.

Páda significa pé, pata, apoio, passo; e Hasta, mão.

Para realizar esta postura básica de inclinação para frente, fique em Tadasana e coloque as mãos no quadril. Expire e curve-se para frente a partir da articulação do quadril, não da cintura. A ênfase deve ser na extensão do tronco enquanto se move mais profundamente na posição.

Se possível, com as pernas esticadas, traga as palmas das mãos ou pontas dos dedos ao chão, em frente ou ao lado dos pés, ou coloque as mãos na parte de trás dos tornozelos. Se não for possível, cruze os braços e segure seus cotovelos. Pressione os calcanhares firmemente no chão e levante o cóccix em direção ao teto. Vire a parte superior das coxas levemente para dentro.

Em cada inspiração, levante e alongue o tronco levemente, em cada exalação solte um pouco mais na flexão frontal. Desta forma o tronco oscila quase imperceptivelmente com a respiração. Deixe a cabeça solta, o que alonga mais a parte superior das costas.


Uttanasana pode ser usada como uma postura de descanso entre as posturas em pé. Fique na posição de 30 segundos a 1 minuto.

A gravidade é quem deve trabalhar, não force puxando-se para baixo para evitar tensão desnecessária e lesões. É melhor aliviar a tensão sobre os joelhos para encontrar um espaço entre as articulações dos quadris e permitir que a coluna se solte. Se necessário, dobre os joelhos levemente, só assim o alongamento das pernas produz um alongamento por igual ao longo de toda a linha posterior do corpo.

Atenção para a sensação de alongamento no centro do músculo, não nos ligamentos (em volta da origem ou da inserção de um músculo), que indicam que os tendões e o tecido conjuntivo estão sendo alongados, ao invés das fibras do músculo. 

Não enrole a coluna para voltar. Traga as mãos às costas, sobre o quadril, e reafirme o alongamento da parte frontal do torso. Então pressione o final da coluna para baixo em direção à pélvis e suba com a inspiração, com a coluna ereta.

Esse asana alonga os músculos da coluna vertebral, isquiotibiais, fibras posteriores dos glúteos médio e mínimo, glúteo máximo, piriforme, adutor magno, sóleo e gastrocnêmio. Ou, para simplificar, alonga os músculos posteriores da coxa, panturrilhas, quadris e bumbum.

“Aliado à gravidade, a postura desloca cranialmente o centro do diafragma, portanto, mais liberdade é necessária na parte posterior da caixa torácica para o movimento da respiração”, segundo o livro “Anatomia da Yoga”, de Leslie Kaminoff. Use a respiração a seu favor.

É dito que a postura acalma a mente e ajuda a aliviar estresse e depressão, estimula o fígado e rins, melhora a digestão (massageia e tonifica os órgãos digestivos, aliviando flatulência, constipação e indigestão), ajuda a aliviar sintomas da menopausa, reduz cansaço e ansiedade, melhora o metabolismo, aumenta a concentração e alivia dor de cabeça e insônia, é terapêutica para asma, pressão alta, infertilidade e sinusite (alívio de problemas nasais e de garganta).Todos os nervos espinhais são estimulados e fortalecidos. Abaixar o tronco aumenta o fluxo de sangue para o cérebro e melhora a circulação para a glândula pituitária e hipófise.

Pessoas com lesões na coluna, osteoporose ou ambos devem tentar se inclinar para frente com muito cuidado e de forma gradativa.

Pessoas com hipertensão devem tentar realizar esse movimento gradualmente e permanecer nela somente se não forçar a respiração. Pessoas com hipotensão devem se desenrolar desta postura bem lentamente, para não sentir tontura.
 
Boa prática!

terça-feira, 18 de março de 2014

TPM


Estive num momento de assumida TPM. Desses que beiram à loucura, quase. Não são comuns para mim, mas, como toda mulher, sei reconhecer quando acontecem.

Por coincidência atingi o ponto do livro que estou lendo atualmente, “O Poder do Agora”, justamente sobre o assunto: 

“O sofrimento, em geral, tem um aspecto coletivo e um individual. O aspecto pessoal é o resíduo acumulado de problemas e sofrimentos emocionais que a própria pessoa vivenciou no passado. O aspecto coletivo é o sofrimento acumulado na psique da humanidade por milhares de anos, através de doenças, torturas, guerras, assassinatos, crueldades, loucuras, etc.
O sofrimento de cada um de nós também participa desse sofrimento coletivo”.

“Além do sofrimento pessoal, cada mulher tem participação naquilo que pode ser descrito como o sofrimento feminino coletivo, a menos que ela esteja plenamente consciente.
Consiste no sofrimento acumulado vivido por cada mulher, em parte pela dominação dos homens sobre as mulheres, pela escravidão, exploração, estupro, partos, perda dos filhos, etc., durante milhares de anos.

O sofrimento físico e emocional, que para muitas mulheres precede e coincide com o fluxo menstrual, é o sofrimento em seu aspecto coletivo despertando da sua dormência naquele momento, embora possa ser detonado também em outras ocasiões. Ele restringe o livre fluxo de energia vital através do corpo, da qual a menstruação é uma manifestação física. Vamos nos deter um pouco neste assunto e ver como pode se tornar uma oportunidade para a iluminação.

Com frequência, a mulher é "dominada" pelo sofrimento físico e emocional nesse período. Ele tem uma carga energética poderosa, que pode facilmente empurrá-la para uma identificação inconsciente com ele. Você é, então, possuída por um campo de energia que ocupa o seu espaço interior e finge ser você - mas não é você de jeito nenhum. Ele fala através de você, age através de você, pensa através de você. Vai criar situações negativas em sua vida de tal modo que ele possa se alimentar da energia. Este processo pode ser vicioso e destrutivo. É o sofrimento puro, o sofrimento do passado, e não é você”.

“A primeira coisa para lembrar é que, enquanto você construir a sua identidade em função do sofrimento, não conseguirá se livrar dele. Enquanto investir uma parte do seu sentido de eu interior no seu sofrimento emocional, você vai resistir ou sabotar, inconscientemente, cada tentativa para curar o sofrimento. Por quê? Porque você quer se manter inteiro e o sofrimento se tornou uma parte essencial de você. Esse é um processo inconsciente e o único caminho para superá-lo é torná-lo consciente.

Perceber, de repente, que você está ou tem estado presa ao sofrimento pode lhe causar um choque. No momento em que percebe isso, você acabou de romper com a ligação. O sofrimento é um campo de energia, quase como uma entidade que se alojou temporariamente no seu espaço interior. É a energia da vida que foi aprisionada, uma energia que não está mais fluindo. Claro que o sofrimento está ali por causa de certas coisas que aconteceram no passado. Ele é o passado vivo em você. E, se você se identifica com ele, se identifica como o passado.

Uma identidade-vítima acredita que o passado é mais poderoso que o presente, o que não é verdade. É a crença de que outras pessoas e o que fizeram a você são responsáveis pelo que você é hoje, pelo seu sofrimento emocional, ou por sua incapacidade de ser o verdadeiro eu interior. A verdade é que o único poder está bem aqui neste momento: o poder da sua presença. Uma vez que saiba disso, perceberá também que só você é responsável pelo seu espaço interior neste momento e que o passado não consegue prevalecer contra o poder do Agora”.

“Assim, não use o sofrimento para criar uma identidade. Use-o, em vez disso, para a iluminação. Transforme-o em consciência. Uma das melhores épocas para fazer isso é durante a menstruação. Acredito que, nos próximos anos, muitas mulheres irão atingir o estado de consciência plena durante esse período. Normalmente, esse é um tempo de inconsciência para muitas mulheres, porque são dominadas pelo sofrimento coletivo feminino. Entretanto, você pode reverter isso uma vez que tenha alcançado um determinado nível de consciência, e assim, em vez de se tornar inconsciente, você fica mais consciente”.
 
Além disso, pensar que toda fonte de sofrimento é a resistência, me fez aceitar. Simples assim. Aceitar que as coisas são como são, impermanentes, cíclicas, nem boas nem más. Os julgamentos vem do ego, com seus jogos para se manter no controle. Criamos dramas desnecessários. A partir daí perdoei e busquei a única paz e felicidade verdadeiras: aquelas que emanam de dentro de mim, do Ser, como diz o autor, ou de Deus, se preferirem.
 

sexta-feira, 14 de março de 2014

Algumas linhagens de yoga chamam de Samasthiti a seguinte variação de Tadasana:


Sama significa mesmo, sthiti significa permanecer, estabelecer.
Pranam significa saudação.

Essa postura possui uma base mais larga que o Tadasana, os pé ficam separados na largura dos quadris e as mãos ficam em posição de namaste (oração).

Maty Ezraty, no site da Yoga Journal, explica que esse asana é um comando à atenção, a permanecer em equilíbrio imóvel. Na Iyengar Yoga, os princípios de alinhamento de Tadasana devem ser ensinados e revisados antes de se ensinar quase qualquer outra postura.

No método Ashtanga o alinhamento não é, normalmente, muito enfatizado. Usa-se o tempo em Samasthiti para despertar a atenção e trazer a consciência para a respiração, voltando ao nosso interior.
 
Ativa o chakra do coração (Anahata).


Estou mencionando essas posturas (se é que podemos considerar duas posturas diferentes), pois elas são os pontos de partida para o Surya Namaskar, a Saudação ao Sol, de que falaremos brevemente.

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