domingo, 29 de maio de 2011

One day you will

Descobri essa banda há um tempo e me apaixonei. Hoje, especialmente, precisava dessa mensagem, que compartilho com vocês.


Fala por si só.
Namastê.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Yoganidra

Alguns descrevem o Yoganidra como sono yogi. Yoganidra é uma forma de relaxamento profundo, mas não é como dormir. Aprendi isso na visita de Swami Vishwarupananda ao Brasil.
O Swami é um indiano baixinho de fala mansa que anda flutuando - essa foi a primeira impressão que eu tive dele -, um ser especial sempre contente, balançando o corpo suavemente sentado na pose de lótus. Foi o meu primeiro contato com um Swami ou monge de tamanho poder espiritual.
Passei um final de semana em curso intensivo com ele no final de 2009. Estudamos várias coisas: Yoga Sutras, Bhagavad Gita, asanas, pranayamas, de tudo um pouco, mas a parte mais impressionante para mim foram os yoganidras. Para absorver o aprendizado, entre uma lição e outra, Swami nos guiava nesse relaxamento. Deitados em savasana, olhos fechados, íamos imaginando cada parte do corpo sendo relaxada e envolvida por uma luz, conforme a voz doce dele ia sussurrando. Na metade do processo eu já não estava mais em mim. Eu não dormia, mas também não conseguia ficar totalmente consciente, por mais agitada, ansiosa ou descansada que eu estivesse. Comentando depois com os colegas, todos sentiram o mesmo. Alguns, meio assustados, relataram sentir-se flutuar acima de seu corpo! E, quase como mágica, no momento em que o Swami decidia terminar o yoganidra, lá estava eu de volta, pronta para começar a mexer o corpo sob sua ordem.
Geralmente, nós ocidentais, lutamos para conseguir relaxar, nesse workshop descobri pessoas com o dom de te fazer lutar pelo contrário!

Swami Satyananda Saraswati explicou Yoganidra da seguinte forma: “A yoganidrá é um método sistemático para induzir o completo relaxamento físico, mental e emocional. O termo yoganidrá é derivado de duas palavras Sanskrit, yoga significa união ou consciência intencional, e nidrá significa sono. Durante a prática de yoganidrá, nós parecemos estar dormindo, mas a consciência está funcionando em um nível profundo de conhecimento. Por este motivo, a yoganidrá é normalmente mencionada como o sono médium ou relaxamento profundo com consciência interior. Neste estado de limiar entre o sono e despertar, o contato com as dimensões do subconsciente e do inconsciente ocorre espontaneamente.
Na yoganidrá, o estado de relaxamento é alcançado voltando-se para o interior, longe de experiências de fora. Se a consciência pode ser separada da consciência externa e do sono, torna-se muito poderosa e pode ser aplicada de várias maneiras, por exemplo, para desenvolver a memória, aumentar o conhecimento e criatividade, ou transformar nossa natureza”.

Soube da aplicação desta prática em algumas escolas com muito sucesso para facilitar a apreensão dos ensinamentos e, também, para lidar com alunos inquietos, com dificuldade de concentração e agressivos. Micheline Flak é uma das estudiosas do assunto, tendo fundado a RYE: Recherche sur le Yoga dans l'Education. Fica a dica para educadores. Quando eu souber de algum curso dela no Brasil, coloco aqui no blog.

Tudo isso porque estou com saudades do Swamiji. É impossível não sentir carinho por ele, que emana amor.

Namastê!

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Não sou uma pessoa que compra muito. Não costumo andar na moda nem tenho mania por sapatos, por exemplo, mas descobri que adoro gastar com tecnologia. Videogame e notebook estão entre minhas últimas aquisições e o iPod é minha maior companhia ultimamente.


Achei um aplicativo de Yoga para iPad e iPod da Viaden Media que é o máximo. Ele tem calendário com frases inspiradoras para agendar suas práticas; 200 asanas divididos em iniciante, intermediário, avançado e guru, com foto, descrição de como fazer – inclusive narrada, desenho de quais músculos são exercitados e até um vídeo de demonstração. Você pode criar seu próprio programa adicionando os asanas da lista do aplicativo ou seguir a “saudação ao sol para bem estar” ensinada ali. E isso é só a parte grátis! Comprando o aplicativo completo há 21 seqüências de asanas e a promessa de um ‘Personal Yoga Teacher’.

Claro que não substitui a prática guiada por um professor de verdade que vai corrigir eventuais desvios na postura e ensinar o que vai além do físico, é para quem já pratica Yoga há mais tempo, para ajudar a variar a prática diária. Mas se tiver curiosidade, baixe o aplicativo e divirta-se.

Namastê!

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Esse mês, aqui em São Paulo, no SESC Vila Mariana, acontece o Mostra Muda, shows com músicos e dançarinos da Índia.
"MUDRA é uma palavra do sânscrito que significa expressão ou gestos comunicativos. Os mudras são utilizados pela dança indiana. Usam os mudras como uma linguagem gestual para comunicar determinados estados de consciência, elementos da natureza e da vida humana, como animais, flores, sol, lua, entre tantos outros. É seguindo o mote de comunicar algo a alguém propondo um diálogo cultural que o governo indiano apresenta pela primeira vez no Brasil o evento MUDRA – MOSTRA CULTURAL DA ÍNDIA , que acontece nas cidades de Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte, em maio e junho de 2011. Os espetáculos de música e dança trazem a Índia milenar e moderna apresentando artistas consagrados, como o renomado mestre do violino indiano, L. Subramaniam e seu grupo musical que se apresentam pela primeira vez no Brasil. O evento faz parte do programa de cooperação cultural firmado entre a Índia e o Brasil e está sendo realizado pela Embaixada da Índia no Brasil, com coordenação da Tantri Arte e Cultura, organização cultural que trabalha pelo intercâmbio das culturas de ambos os países".
A programação pode ser acessada em http://www.mostramuda.com/.

Nos vemos lá no final de semana.
Namastê!

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Fui assistir "Bollywood Dream", que conta a trajetória de três brasileiras tentando atuar nesta máquina de filmes indiana. O filme mostra aquela Índia muitas vezes pobre, suja, mas ainda mística e sempre exótica.
Varanasi, uma das cidades mostradas, é um exemplo da convivência entre o sagrado - os rituais a beira do Rio Ganges, com banhos, flores, contas, cinzas - e o banal - a pobreza, a sujeira do rio, onde jogam lixo e, principalmente, corpos. 
Dêem uma olhada no trailer, no site oficial:

Outra imagem da Índia, que é meu grande sonho:


Inspira ou não?
Namastê!

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Hoje deparei-me com um texto relacionando justamente duas preocupações minhas: o meu abandono da Yoga e meus problemas com namoros.

"O Yoga é como todos os outros relacionamentos: quanto mais você se esforça para dar certo, mais recebe de volta. Na verdade, o compromisso é uma das diretrizes essenciais do caminho yogi. (...) O nome em sânscrito para o compromisso com a prática do Yoga é tapas, que geralmente é traduzido como ‘disciplina’. Mas é uma disciplina de opção, não algo para forçar a si mesmo em um ritmo anormalmente rápido. Seu relacionamento com o Yoga pode ser como um romance que primeiro acende uma chama em seu coração, depois consome todo o seu tempo, e um dia você assume como o papel de companheiro ao longo da vida".
Talvez seja esse o meu problema, eu quero pular do aparecimento da chama para a promessa de amor eterno, de preferência sem ter trabalho.
Eu tinha uma ‘teoria do buraco na alma’ que consiste no seguinte: os sonhos aparecem, me acalentam a alma, trazem com eles montes de esperança e expectativa, eu vivo em função deles por um tempo, e então, sem o menor aviso, desaparecem. Sonho em me tornar psicóloga hospitalar, ou comissária de vôo, ou professora de yoga, aí me dedico a isso por um tempo. Na verdade, até me saio bem no que decido fazer. Mas um dia acaba. Não quero mais. Por quê? Não faço idéia. E assim vou desistindo de uma faculdade atrás da outra e de um curso após o outro – e, talvez, de namorado também.
Achei que fosse o buraco da alma sugando meus sonhos para sempre. Sem mais explicações. Finalmente me toquei que é a falta de compromisso com os meus sonhos.
Em algum momento deste processo deve estar a escolha de seguir em frente, superando o desânimo e os obstáculos, porque sim. Sem maiores análises e encanações. Escolher o caminho e seguir, sem questionar se é esse mesmo o caminho certo, porque pode ser que não exista um caminho certo, voltar atrás e escolher outro e outro e outro, não faz ninguém chegar a lugar nenhum.
Comprometer-se com algo ou com alguém e fazer dar certo, não importa o que aconteça, é minha nova meta.

Deixo aqui pra vocês duas inspirações.

Para não desistir da Yoga:

“Muitas vezes, quando as pessoas aprendem sobre tapas, sentem-se obrigadas a adotar regras diariamente antes mesmo de descobrir o que o Yoga significa nas suas vidas. Às vezes, essa boa intenção cria muita pressão e pode estressá-lo. Em vez disso, vá devagar, um asana por vez. Saboreie cada sessão de prática e faça apenas o suficiente para sentir vontade de mais um pouco. Dessa forma, o fogo de tapas vai crescer dentro de você, tornando-se um poderoso parceiro em seu caminho yogi”. Cindy Lee

Para não desistir de seus sonhos:

“Caminhante, são teus rastos
o caminho, e nada mais;
caminhante, não há caminho,
faz-se caminho ao andar.
Ao andar faz-se o caminho,
e ao olhar-se para trás
vê-se a senda que jamais
se há-de voltar a pisar.
Caminhante, não há caminho,
somente sulcos no mar.”
Antônio Machado

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