quarta-feira, 31 de março de 2010

Ajna Chakra

Ajna chakra é um chakra que fica localizado entre os olhos que se diz estar ligado à intuição e à consciência – aquele terceiro olho, sabe?
Quando começava a pensar que meus avanços na prática eram só físicos, senti latejar o meio da minha testa depois de uma técnica de concentração em ajna chakra.
Eu costumava sentir essa sensação quando era pequena e nunca soube por quê. Numa das minhas primeiras aulas de yoga senti novamente durante o relaxamento final, mas só agora sei que essa sensação foi porque eu energizei meu ajna chakra!
A partir dessa descoberta, consegui despertá-lo voluntariamente em toda meditação, e quando começo a sentir o formigamento ali, entro num estado mais concentrado e estável. Estou no caminho certo para a meditação, finalmente!
Entretanto, desde que comecei a ter problemas pessoais, por mais que me concentre, faça japas e acredite no meu potencial para despertar a sensação de novo, só sinto um certo aperto no peito. Pode ser que minha energia esteja bloqueada no chakra das emoções (anahata chakra), não sei bem. O caminho é longo, difícil e... cheio de descobertas deliciosas.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Já que o tema recorrente nesse mês tem sido a meditação, dê uma olhada no filme “Palavras de Amor”. O centro do filme é o desempenho de uma menina em um concurso de soletração, mas através do poder das palavras. Fala sobre a repetição de sons – mantras – em diversas religiões, como a Cabala Judaica e tem belas cenas de “meditação” e transe. Para aumentar nossa cultura.

quinta-feira, 25 de março de 2010

É por isso que eu adoro Yoga, as respostas estão onde você menos imagina. Tava aqui questionando os meus obstáculos, quando descobri o livro “Comer rezar amar” e me identifiquei imediatamente com a escritora, Elizabeth Gilbert. Ela faz uma viagem de auto-descoberta pela Itália, Índia e Indonésia. Ainda estou com ela nos primeiros dias de Índia e estou encontrando respostas junto com ela!
A dificuldade dela para meditar é a minha dificuldade, as neuroses dela aparecem em mim também, a Depressão e a Solidão que ela enfrenta são muito conhecidas minhas. Claro que o livro não se tornou um best-seller só porque eu enfrento esses problemas. É ótimo lembrar que não estou sozinha com minha loucura.
Não vejo a hora de chegar ao fim dessa viagem e, quem sabe, começar uma por mim mesma. Certamente não seria uma professora completa só com um curso de formação de um ano, por isso, além de outros cursos, um dia embarcarei numa jornada mais profunda. Pena que não será uma história muito original para me tornar escritora mundialmente conhecida e me fazer virar a Julia Roberts no cinema (sim, o livro virará filme em breve).

Leitura mais que recomendada.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Eu adoraria dizer que a partir do meu ‘descobrimento’ da Yoga, me tornei uma pessoa melhor e muito mais equilibrada, num passe de mágica. Acho fantástico quando as pessoas dizem que tiveram um encontro espiritual de qualquer tipo e mudaram suas vidas profundamente. Acontece que eu sou meio cética, acho que grandes mudanças de personalidade devem ter mais relação com alterações mentais do que com iluminação.
Isso é um problema nessa minha caminhada. Quando estou inspirada sei que não existe nada melhor nesse mundo maluco do que uma mente calma e controlada, acho que é tudo o que todos nós precisamos. Quando estou ansiosa, deprimida, louca, raivosa (tenho muitas facetas, sou humana), acho que essa coisa de yogi é uma fuga da realidade, uma alienação.
Por que tem que ser tão complicado nos convencer de que o melhor caminho é aquele que nos faz bem e ponto final, sem racionalizações?
Eu dava tudo para conseguir me manter feliz – e quem não dava? Por isso, estou aqui me questionando: onde eu estou errando?
Fato, ainda não medito todos os dias. Fato, minha alimentação não tem sido a mais sáttvica. Fato, faltei na última satsanga porque me matei na academia durante a semana e não comi direito, estava exausta, dormi sábado quase o dia todo.
Mas antes eu estava bem! Adoro esse estado de ‘tudo ótimo’, nada me afeta, sempre tranqüila esperando as coisas acontecerem no tempo certo. E eu andava assim. Não sei o que me deixou de novo ansiosa e insatisfeita. Culpa da mente resistente, rebelde?
Lá vou eu de novo, melhorar a alimentação (ontem fiz várias saladas e legumes), tomar cuidado para não me exaurir nos treinos de corrida e arrumar um tempo para a meditação. E acima de tudo isso, vou me convencer de que esse é o caminho certo e não vou deixar minha mente me vencer.
Já devo ter prometido isso antes aqui... É, se o caminho fosse fácil eu vendia a fórmula e ficava rica. Sem obstáculos no processo, ninguém precisaria de ajuda e esse blog seria inútil.

sábado, 20 de março de 2010

Só se fala nisso: Gisele Bundchen. Por isso, achei que devia complementar o post sobre Yoga e Gisele Bundchen com esse aqui.
Essa semana a modelo lançou sua marca de cosméticos, Sejaa, que brinca com a palavra 'seja' e com o som de mantra (a vibração dos 'a' ao final). A marca pretende ser natural, sem produtos químicos e sem testes em animais. Nos vídeos de campanha, ela faz yoga, meditação, anda a cavalo, brinca com os cachorros na praia... enfim, parece muito tranquila e feliz. http://www.sejaa.com/
Além disso, a declaração de que teve seu filho através de parto natural usando pranayamas e o fato de usar yoga para voltar a forma, devem influenciar mulheres mundo a fora a procurar mais técnicas de yoga para a gestação, o parto, o pós-parto e, quem sabe, como uma forma de se exercitar com seus bebês.
Um trecho do que saiu na revista ‘Quem Acontece’: "A modelo, que deu à luz seu primeiro filho, Benjamim, em dezembro do ano passado, foi flagrada enquanto deixava uma escola de yoga, em Los Angeles, nesta semana. De óculos escuros, a modelo caminhou apressada em direção ao seu carro e foi fotografada com a blusa molhada de suor após a sessão de exercícios.

Em entrevista para a nova edição da revista Vogue, ela contou que conseguiu recuperar a boa forma com yoga e correndo em uma esteira em sua sala de estar. 'Acho que também está relacionado com memória muscular. Fiz kung fu até duas semanas antes de Benjamin nascer e yoga três vezes por semana. Acho que muita mulher fica grávida e acha que pode transformar o corpo em um lixo.'"
Espero muitas mamães e bebês nas minhas futuras aulas!

Mantras e japa mala

A ciência dos Mantras foi descoberta pelos Rishis da Índia (sábios-videntes iluminados). Ela usa de maneira técnica o poder da vibração sonora para efeitos positivos nos vários níveis e aspectos do ser humano. Os mantras têm pronúncia e ritmo especial e não devem ser usados por pessoas que não os aprenderam pessoalmente de um professor.
Se eu repito o mantra somente é uma prática de Japa (que significa repetição). Se eu tenho a imagem e o significado, é meditação.
Apenas com a repetição de mantras, obtêm-se os mesmo benefícios dos pranayamas e ásanas e toda a Hatha Yoga. Com sinceridade, vontade e aspiração espiritual, pode-se iniciar em Mantra Yoga.
Estou falando sobre esse assunto, porque acabei de comprar meu Japa Mala, que é uma espécie de rosário de orações. E como os benefícios da meditação andam sendo bastante divulgados na mídia, espero poder ajudar com algumas dicas:
  • Tenha um horário fixo. Tome um banho antes de se sentar para Japa de manhã cedo. Além dessa prática formal diária, faça Japa a qualquer momento que você tenha tempo livre, especialmente durante os Sandhyas ou junções do dia;
  • Local definido e solitário;
  • Postura estável, coluna alinhada;
  • Olhar para o Norte ou Leste;
  • Assento adequado, como forma de conservar a eletricidade do corpo, isolante da energia dos chakras de baixo para a energia subir;
  • Repetir orações que elevem a mente. O principal no Mantra é o Nama (nome de Deus). Selecione qualquer mantra ou Nama e repita-o de 108 a 1080 vezes diariamente;
  • Articulação vocal clara, pronuncie cada letra do Mantra correta e distintamente;
  • Observe Mowna (silêncio) e evite distrações, chamadas e envolvimentos. Fique de olhos fechados. Atitude de alerta e vigilância;
  • Use um Rudraksha ou Tulasi Mala de 108 contas (são sagrados porque tem propriedades terapêuticas);
  • Use o polegar e o dedo médio da mão direita para passar as contas. O dedo indicador é proibido, pois está ligado aos instintos pessoais, à energia do ego;
  • Não permita que o mala permaneça abaixo do umbigo, por causa da ativação dos chakras. A energia deve subir, não ficar só embaixo;
  • Não cruze o Meru (coroa ou cabeça, onde a energia se acumula). Retorne em sentido inverso quando chegar ao final;
  • Alterne entre Japa mental, Japa murmurado e Japa em voz alta, quando a mente divagar. Assim, mantêm o interesse, evita a fadiga e contra-ataca a monotonia;
  • Associe o Japa com pranayamas e medite na forma de sua divindade escolhida. Mantenha uma figura ou estátua da sua divindade em sua frente. Pense no significado do mantra enquanto o repete;
  • O mala não deveria ser visível a você ou aos outros. Cubra-o com um lenço, que deve ser puro e lavado frequentemente;
  • Não peça a Deus nenhum beneficio mundano enquanto faz Japa. Sinta que seu coração esta sendo purificado e sua mente esta se tornando firme e estável;
  • Mantenha seu Guru-Mantra em segredo;
  • Após terminar o Japa, não deixe o local imediatamente, sente-se quietamente por 10 minutos, murmure uma oração, relembre-se do Senhor. Após prestar prostrações, comece seus deveres rotineiros. Assim, as vibrações espirituais permanecerão intactas.

Essas dicas foram tiradas do livro Japa Mala de Swami Sivananda. Postarei aqui alguns mantras futuramente.
 

quarta-feira, 17 de março de 2010

Vira e mexe sai uma notícia sobre Yoga e Meditação e seus efeitos benéficos na mídia. Recentemente a meditação estampou a capa da revista Isto É. “O movimento que se observa atualmente com a meditação é o mesmo experimentado pela acupuntura cerca de dez anos atrás. Da mesma forma que o método das agulhas, ela conquista o respeito da medicina tradicional porque tem passado nas provas de eficácia realizadas de acordo com a ciência ocidental. Isso quer dizer que, aos olhos dos pesquisadores, foi despida de qualquer caráter esotérico, mostrando-se, ao contrário, um recurso possível a todos – ninguém precisa ser guru indiano para praticá-lo – e de fato capaz de promover no organismo mudanças fisiológicas importantes.” Leia em: http://www.istoe.com.br/reportagens/51821_O+PODER+DA+MEDITACAO+PARTE+1
Há alguns anos saiu essa notícia muito interessante sobre meditação, especialmente para quem sofre com ansiedade e depressão, epidemia hoje...: “Os anos 90 representaram um marco na compreensão da mente humana. O cérebro foi parar na tela de computadores, segredos da química psíquica foram aos poucos desvendados e, animados com o que viam, os cientistas começaram a desenvolver uma nova safra de moléculas, destinadas a curar toda sorte de males e transtornos mentais. Freud foi comparado a um xamã e começou a era do Prozac, alardeado como a droga da felicidade. Bastava tomar uma pílula e tudo estava resolvido:depressão, ansiedade, o fora da namorada e a angústia existencial. Pois este século começa com mais uma reviravolta nos estudos sobre a mente. Pesquisas de instituições respeitadas do mundo inteiro sugerem que os mais modernos antidepressivos podem, em muitos casos, ser substituídos - ou pelo menos complementados - por uma das mais antigas práticas do budismo: a meditação. ‘Há vários estudos demonstrando que a meditação é muito útil no tratamento de depressão, da ansiedade e do stress’, afirma Sara Lazar, neurocientista do Massachusetts General Hospital, afiliado à Universidade Harvard.”
Mais um ponto a favor da Yoga, se você ainda não pratica, comece hoje!

segunda-feira, 15 de março de 2010

Chakrásana

Eu escrevi aqui em janeiro que não conseguia de jeito nenhum fazer chakrásana. Meu professor insistia que eu não estava sabendo canalizar minha força, e eu lá, roxa tentando tirar a cabeça que pesava uma tonelada do chão. A curvatura na coluna eu já tinha, mas achava que a força devia ser feita no tríceps. Um belo dia, tive uma intuição de que era só jogar o peito por cima da cabeça e...tcharan! Não dá pra explicar o que eu quero dizer com ‘jogar o peito por cima da cabeça’, mas é isso aí. O braço realmente não faz força, são as costas e o peito que ajudam no movimento.
Olha só que pontezinha linda!

Aprendi mais um ásana. Os avanços na prática continuam. Já consigo subir as pernas em sirsásana sem dar impulso, com o controle do abdômen e lombar, só falta o equilíbrio lá em cima – continuo levando tombos magníficos – e é sempre uma festa perceber que sim, eu consigo!

quarta-feira, 10 de março de 2010

Concentração

Concentração ou Dharana é focar a mente em um único pensamento. Durante a concentração, os vários pensamentos são coletados e focados no objeto da concentração. A energia toda da mente é concentrada naquela idéia, os sentidos tornam-se quietos. A meditação segue a concentração.
Na minha última aula no curso de formação falamos sobre como concentrar a mente, e eu compartilho um pouco com vocês:
Se você já está calmo, inspirado: sentar e meditar.
Se você está no estado de agitação mental:
  • Observe sua condição mental como uma testemunha;
  • Faça yoganidra (se não estiver com sono ou preguiça);
  • Gaste energia com movimentos mais rápidos, uniformes, sem solavancos (se estiver muito nervoso);
  • Faça pranayamas (kapalabhati para acordar);
  • Solte as articulações para liberar tensões;
  • Sente-se em postura alinhada, mas não rígida. Faça pequenos ajustes durante para não deixar a cabeça cair;
  • Traga a mente de volta ao objeto de concentração sempre que necessário;
  • Dose o tempo de forma a conseguir aprofundar a mente sem sair com o corpo dolorido (cerca de 30 minutos). Deve se sentir em paz e não apático, com ausência de incômodos.
Quando se concentrar em qualquer objeto, evite tensão em qualquer lugar do corpo ou mente. Você não deve lutar com sua mente. Pense gentilmente no objeto de uma maneira contínua, não permita que a mente vagueie.
A mente deve ser treinada inicialmente em objetos grosseiros; mais tarde, pode-se concentrar com sucesso em objetos sutis e idéias abstratas. Escolha objetos com boa associação mental, mantenha a mente pura.
‘Celibato, pranayama, redução do querer e das atividades, solidão, silêncio, disciplina dos sentidos, controle da raiva (...), tudo isso pavimenta um longo caminho para aumentar o poder de concentração’, segundo Swami Sivananda.
No começo, a prática de concentração é desagradável e cansativa, não desista. Para ter mais poder pessoal, devemos reunir os raios mentais que estão divididos em diversas preocupações. Todo bem-estar depende de como está a sua mente, com a mente agitada o estado emocional desestabiliza, o corpo fica tenso e perde-se energia.
‘Quanto mais a mente está fixada em Deus, maior é a força que você adquire. Mais concentração significa mais energia. Concentração é a fonte da força espiritual.'

domingo, 7 de março de 2010

O Siva (meu professor, Sivaswarupa) conta, de vez em quando, sobre o tempo em que ele fez os cursos dele na Índia. Conta que acordava às três da manhã e começava a meditar antes de todo mundo, que tinha que ficar sentado na mesma posição por cinco horas e que tinha práticas severas de Hatha Yoga pela manhã e pela tarde sob sol escaldante ou frio rigoroso. Por isso, quando ele dá sermão parece que é tão direcionado a mim – a carapuça sempre serve! Porque eu não quero ser ‘meia boca’, eu quero dar o meu melhor.
Nós sabemos que na Índia há práticas ainda mais ascéticas para treinar a mente. Swami Sivananda aconselha só a meditar meia hora ao amanhecer e meia hora ao entardecer. Eu, nem isso faço...
Assim, uma das minhas resoluções de ano novo foi fazer o sádhana todos os dias pela manhã. Sádhana é a prática espiritual. A minha consistia em alguns kapalabhatis (pranayama), saudações ao sol, ásanas e a tentativa de meditação. Comecei bem. Acordava no mesmo horário, sentava no meu tapetinho e me esforçava. Na metade de janeiro já desisti.
Eu me cobro demais. Não achava que fazia ásanas suficientes e, definitivamente, não conseguia me concentrar nem por 5 minutos. O sádhana virou mais uma obrigação no meu dia, enquanto devia ser um momento prazeroso de conexão comigo mesma. Tomei consciência disso e tentei ter mais paciência, mais fé em mim. Um dia voltei a fazer, no seguinte não fiz mais. Nem com a volta às aulas do curso de formação, em fevereiro, e toda a discussão sobre a importância de meditar todos os dias eu estou conseguindo me empolgar com a idéia de acordar mais cedo e ter uma prática só minha.
Não discuti isso com o Siva ainda, mas sei que não adianta esperar um momento ideal, um lugar ideal. Assim como sou culpada por minhas tensões e inseguranças, sou eu também quem pode mudá-las. Se é uma questão de treinar a mente, quando eu a deixo me convencer a ficar mais cinco minutos na cama, já perdi a briga.
Talvez eu precise mesmo de tapas (austeridade), pra treinar minha persistência – todo mundo sabe que esse não é meu ponto forte. A questão é: me forço a meditar todo dia, quer queira quer não, porque disciplina é essencial, ou espero adotar de coração a prática porque não devo me violentar?
Dilemas... Aposto que não sou a única a passar por essas questões, gostaria de ouvir de alguém aí do outro lado suas experiências.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Eu sou curiosa. Infelizmente, minha curiosidade se estende à vida de celebridades. Não que eu compre revistas de fofoca ou fique grudada na TV para saber da vida alheia, mas é inegável que os famosos exercem fascínio. Por isso, gosto de saber quem no mundo da fama faz yoga. Mais que isso, adoraria vê-los nos asanas mais difíceis pra distinguir quem leva a sério de quem faz tipo.
Se você compartilha essa curiosidade comigo, dê uma olhada nesse vídeo da Gisele Bunchen ensinando yoga para a Angélica:

Se eu encontrar outras fofocas desse tipo passo para vocês – enquanto eu não ‘me iluminar’...

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